CIDADE

Inadimplência na Codau equivale ao valor necessário para a construção da represa da Prainha

Autarquia já tem o dinheiro para a obra após liberação de R$ 14 milhões

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 14/01/2020 às 18:22Atualizado em 18/12/2022 às 03:30
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Foto/Jairo Chagas

Presidente da Codau, junto com outros diretores da companhia, anuncia a liberação dos recursos para a obra da represa

A Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) anunciou ontem a liberação de R$ 14 milhões para as obras da represa da prainha. A verba foi viabilizada junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional e divulgada ontem pelo presidente da autarquia, Luiz Guaritá Neto. 

Em entrevista à Rádio JM 95.5 FM, no dia 9 de janeiro, Luiz Neto já havia adiantado que os recursos estavam em fase final de liberação, o que deveria acontecer em questão de dias. “Nós colocamos quase R$4 milhões da Codau e, com esses R$14 milhões empenhados, totalizamos todos os recursos necessários para a conclusão da obra”, revela.

A obra, segundo Luiz Neto, acabará com os problemas que a autarquia enfrenta no período de seca, de ter de bombear água com motores a combustão do Rio Claro para evitar falta de água.

Guaritá, mais uma vez, fez questão de ressaltar que a verba empenhada está à disposição da Obra, mas não está em contas da Codau. “Eu quero frisar mais uma vez que a verba está empenhada, mas só é liberada conforme a obra avança. Então, conforme as etapas vão sendo concluídas, os repasses vão sendo feitos, obedecendo à medição da obra”, aponta. 

De acordo com dados da Codau, a capacidade de armazenamento da represa será de dois milhões de metros cúbicos de água. “Nós traçamos obras pensando no futuro e a represa é muito importante para a cidade”, concluiu Neto.

INADIMPLÊNCIA

A Codau tem R$14 milhões em créditos a receber de consumidores inadimplentes. O valor se refere aos últimos cinco anos e foi revelado em balanço de atividades da companhia, feito ontem, em coletiva de imprensa.

O volume total é formado por R$8,2 milhões do ano de 2019 e R$5,8 milhões dos demais quatro anos. Coincidentemente, o valor total da inadimplência é o mesmo necessário para a conclusão da represa da prainha.

Questionado pelo Jornal da Manhã, o presidente da Codau, Luiz Guaritá Neto, negou que a inadimplência afete as atividades da autarquia, ou prestação de serviços. “É um problema sério, porque a Codau tem 12 meses de prestação de serviço e o recebimento equivale a 11 meses de faturamento. A inadimplência é como um mês sem receber. Temos pago todos os nossos compromissos em dia e isso nos coloca em condição de eficiência”, analisa.

Na tentativa de diminuir o número da inadimplência, a Codau efetuou 43.228 ligações telefônicas, após aviso de corte impresso no talão. 69% das pessoas contatadas efetuaram pagamento após o aviso telefônico. “O que nós queremos é que todos estejam com a situação regular. Para quem quer pagar, a gente parcela. O que a Codau quer é que as pessoas continuem tendo água em casa e continuem adimplentes”, ressalta.

Ainda de acordo com o balanço da empresa, o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) recebeu 138.030 ligações ao longo de 2019, sendo uma média de 500 atendimentos por dia. No mesmo serviço, segundo a Codau, 92,2% das pessoas pesquisadas aprovaram a atuação da autarquia.

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