CIDADE

Mais de 140 crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual já foram atendidas por serviços de apoio em Uberaba

Número é referente apenas ao ano de 2019 e aponta apenas os casos que foram identificados por algum órgão responsável

Raiane Duarte
Publicado em 26/11/2019 às 17:14Atualizado em 18/12/2022 às 02:17
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O acompanhamento médico, social e psicológico, após casos de abuso sexual e estupro é essencial. A Secretaria de Desenvolvimento Social desenvolve um trabalho de atendimento de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. Apenas no ano de 2019, foram 142 atendimentos em Uberaba.

Dados recentes divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais mostram que somente entre janeiro e setembro deste ano já foram registrados 2.270 estupros consumados de vulnerável no estado. Isso significa que, a cada dia, oito crianças ou adolescentes de até 14 anos são vítimas de crimes sexuais em solo mineiro.

Em Uberaba, o atendimento às vítimas e família é feito no Centro de Referência de Assistência Social (Creas). A gerente Michelle Carvalho explica que é um serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com situações de violação de direitos, dentre elas o abuso sexual. O intuito é fortalecimento da função protetiva das famílias e um acompanhamento de referência a elas com as demais políticas públicas, visando romper com os fatores que levaram à violência.

O atendimento é um serviço de porta aberta, porém a maior parte da demanda vem dos demais órgãos, como Conselho Tutelar, Juizado da Infância, Ministério Público e demais órgãos de proteção. Apesar do encaminhamento, mais informações podem ser obtidas na rua Capitão Manoel Prata, 605, ou pelo fone (34) 3317 – 1500.

Entenda como funciona o atendimento em casos de abuso sexual

O atendimento em casos de abuso sexual passa por etapas e, para saber como agir em situações como essa, é importante entender o processo. Em Uberaba existe o fluxo da violência sexual. De forma geral, caso o crime tenha acontecido em até 72 horas é necessário procurar o Hospital das Clínicas da UFTM e lá todas as providências serão tomadas e encaminhadas; já se o abuso aconteceu após 72 horas é necessário acionar o Conselho Tutelar. Os dois órgãos, após os devidos atendimentos, encaminham para o Creas.

O fluxo é mais complexo tendo em vista a delicadeza da situação. Criança e adolescente serão atendidos por vários órgãos envolvidos. Também é válido destacar que casos assim, para que o atendimento ocorra, há a necessidade de que um adulto tome conhecimento do fato. Muitas vezes essa “descoberta” ocorre na escola, na comunidade em que a vítima está inserida, por meio da Polícia Militar, Guarda Municipal, nas Unidades de Pronto Atendimento, família ou outros. 

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