CIDADE

Superintendente do Ipserv defende estados e municípios na reforma

Inclusão foi retirada do texto base na comissão da Câmara Federal, situação que pode ser revertida em plenário ou no Senado

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 05/07/2019 às 19:26Atualizado em 17/12/2022 às 22:16
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Jairo Chagas

João Paranhos Júnior, superintendente do Ipserv, diz que a inclusão dos municípios criaria condições de reequilíbrio do Instituto

Superintendente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (Ipserv) afirma ser a favor da reforma da Previdência, incluindo servidores federais, estaduais e municipais. Ele se posicionou ao ser acionado pelo Jornal da Manhã esta semana. 

João Paranhos Júnior, superintendente do Ipserv, em documento enviado à reportagem, afirma que a proposta de incluir o município irá proporcionar reequilíbrio financeiro ao Instituto local. Apesar de o texto base aprovado na Comissão de Reforma da Previdência na Câmara Federal excluir estados e municípios, essa possibilidade ainda não está descartada tanto na votação em plenário ou até mesmo na tramitação da matéria no Senado Federal. “O Ipserv possui déficit financeiro na casa de R$40 milhões/ano e o déficit previdenciário na casa de R$460 milhões. Com a aprovação da reforma proposta pelo governo, esses números irão cair drasticamente”, revela.

Paranhos classifica a reforma como de suma importância para corrigir distorções previdenciárias que se criaram ao longo do tempo. “Tem que haver essa correção para que as despesas previdenciárias do governo não alcancem valores insustentáveis”, posiciona. De acordo com ele, caso a reforma seja aprovada, permitirá um ambiente favorável para a redução de impostos e aumento de investimentos das empresas. Consequentemente, irá melhorar a credibilidade, atrair investimentos externos, equilibrar o câmbio e aumentar a geração de emprego e renda da população. 

Por fim, rebateu que a cobrança da dívida ativa solucione o déficit previdenciário. “Nem a cobrança da dívida ativa será capaz de salvar o sistema, apenas 4% são recuperáveis e a maioria é de empresas falidas”, conclui. Tratada como solução para a crise econômica brasileira, a PEC que trata da reforma da Previdência teve o texto base aprovado esta semana e agora segue para votação em plenário e, para ser aprovada, necessita de 308 votos.

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