CIDADE

Sindicato das autoescolas quer aplicação imediata de resolução

Medida que torna facultativa o uso do simulador de trânsito tem previsão de entrada em vigor em 90 dias, prazo que os donos de CFCs temem por queda expressiva de movimento

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 17/06/2019 às 22:43Atualizado em 17/12/2022 às 21:42
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Foto/Reprodução

Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, que é presidente do Contran, diz que os simuladores não apresentaram eficácia

Resolução 778/19, que torna facultativo o uso do simulador de trânsito no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), foi publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU). 

O Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores (Sipro-CFC) acionou o departamento jurídico para solicitar que a medida entre em vigor de imediato e não dentro de 90 dias, como está previsto. Existe o temor que nesse período haja menor procura de novos candidatos em busca da CNH. Outro questionamento que o Sipro-CFC deverá fazer é sobre os investimentos feitos para aquisição do equipamento. O posicionamento do sindicato foi divulgado ontem.

A medida havia sido anunciada semana passada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que preside o Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Freitas afirmou, na ocasião, que “a retirada dos simuladores vai reduzir a burocracia e baixar em até 15% o custo para tirar a CNH”, justificou.

Ao anunciar a medida, ele afirmou que "o simulador não tem eficácia comprovada, ninguém conseguiu comprovar que é importante para o condutor. Nos países ao redor do mundo não é obrigatório, mesmo em países com excelentes níveis de segurança no trânsito", lembrou. A medida também diminui de 25 para 20 o número de aulas obrigatórias.

Libras. O Ministério Público de Minas Gerais notificou o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) para cumprir a norma que exige que os Centros de Formação de Condutores (CFCs) ofereçam intérprete de Libras. No levantamento feito, apenas 20 CFCs em Minas Gerais oferecem este serviço. O SIPROCFC-MG afirmou que está avaliando como pode ajudar. Um dos caminhos pode ser a capacitação de um instrutor, mesmo que no curso básico; outra solução é realizar convênios com associações ou pessoas que ofereçam este tipo de atendimento, para quando surgir a demanda. 

Vale lembrar que o serviço não precisa ser gratuito. Oferecer a interpretação em Libras é garantido em lei federal e regulamentado em resolução, com previsão até de descredenciamento dos CFCs que não cumprirem a medida.

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