Superintendência de ensino não explica leite armazenado de forma irregular em escola estadual

Foto/Jairo Chagas

Após leitores apontarem prática suspeita com alimentos, inclusive descarte irregular, na Escola Estadual Marechal Humberto Castelo Branco, o Jornal da Manhã apurou a movimentação que ocorria no local com sacos de leite em pó. Equipe de reportagem esteve no local ontem e constatou que não havia descarte irregular.

Um funcionário que trabalha na unidade de ensino e pediu para não ser identificado, por não ter autorização do Estado para falar com a imprensa, afirmou que os alimentos ali acondicionados são resultado de acordo entre uma empresa devedora e o Estado. “A empresa fez acordo para pagar a dívida dela com o Estado de Minas Gerais”, revela.

De acordo com a fonte consultada, os produtos foram acondicionados no Ginásio do Castelo Branco devida à grande quantidade entregue que, inclusive, estava sendo levada a outras unidades de ensino. “Algumas escolas não têm carro, então os diretores estão vindo aqui (com carro particular), buscando e levando para as escolas deles”, esclarece.

Apesar de não haver problemas de descarte irregular, parte dos produtos estava estocada de forma indevida. Parte dos produtos, sacos de leite em pó, estavam colocados diretamente no chão. Outra parte estava sobre palets (grades de madeira).

Equipe de reportagem tentou contato com Marilda Ribeiro, superintendente regional de ensino. Ela agendou com equipe do Jornal da Manhã para às 17h de ontem (13), quando abordaria a questão. Porém, já na sede da Superintendência de Ensino, no final da tarde, outra funcionária afirmou que não haveria resposta para a demanda e que a Secretaria de Comunicação estadual iria responder sobre a questão. O JM entrou em contato com a assessoria de comunicação do Estado sobre a referida demanda, bem como outras questões referente à educação estadual, serão respondidas hoje (14).

Outra funcionária da escola estadual acionou a reportagem nesta manhã reiterando que os sacos de leite em pó estão armazenados de forma insalubre. “Percebe-se que, devido à insalubridade, tem sacos até roídos e leite espalhado”, relatou ela, criticando a condição do espaço escolhido pelo Estado para o armazenamento do alimento.

Confira as fotos enviadas pela leitora: