CIDADE

Professores e estudantes voltam às ruas contra cortes na Educação

Alunos da UFTM fizeram ato no prédio da instituição e depois seguiram em caminhada até a praça Rui Barbosa, onde ocorreu manifestação com vários discursos

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 30/05/2019 às 22:52Atualizado em 17/12/2022 às 21:16
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Jairo Chagas

Estudantes da UFTM durante a caminhada até a praça Rui Barbosa, no fim da tarde de ontem, em ato contra cortes de recursos na Educação

Mais uma vez, estudantes realizaram protestos contra a política de redução de repasses orçamentários às universidades federais. Enquanto governo trata a medida como contingenciamento, reitores afirmam que está havendo cortes no volume de verbas aprovado para as instituições. Ontem, em Uberaba, cerca de 250 manifestantes se reuniram na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). 

No início do ato, às 17h, os manifestantes subiram até o segundo andar do prédio administrativo da UFTM, mas não chegaram à reitoria, que está localizada no terceiro andar. Na sequência, se deslocaram para a praça Rui Barbosa, onde chegaram às 17h50. Reportagem do Jornal da Manhã acompanhou a movimentação no centro da cidade.

Marcos Mariano, diretor do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), o primeiro a discursar na praça, expressou que o Brasil não suporta mais cortes na Educação e convocou para greve geral, programada para dia 14 de junho pelas centrais sindicais. “Nós vamos fazer paralisação geral. Vamos nos mobilizar cada dia mais”, estimulou, puxando cantos de protestos na sequência.

Professora Mariângela Tambelini afirmou que o governo agora está condicionando a aprovação da reforma da Previdência para acabar com os cortes na Educação. "Cortaram nossos recursos e agora falam que tem que aprovar a reforma da Previdência para acabar com os cortes", reclama, afirmando que a fala soa como chantagem. Professor Wagner Teixeira seguiu na mesma linha de ataque à política pública voltada à Educação.

Houve discurso acalorado contra a reitora pro tempore, Ana Lúcia de Assis Simões. "Ela colocou pessoas para nos filmar lá hoje, tentando coibir nossa manifestação, mas isso não vai nos parar", protestou Simeia Aparecida, colaboradora e estudante da instituição.

Vítor Hugo da Silva, estudante de História, discursou, admitindo menor mobilização do que no início do mês. Porém, comparou o ato com mobilizações pró-governo. “Está menor que no início do mês, mas bem maior que a dos estudantes conscientes, que tinha meia dúzia de pessoas”, ironiza.

Questionando se havia algum estudante obrigado na mobilização, Sumaira de Oliveira, mestranda de Educação, rebateu fala do ministro da Educação, que afirmara que as mobilizações estão sendo realizadas perante ameaças dos professores aos alunos. Às 17h45, quando a reportagem do Jornal da Manhã saiu do centro da cidade, a mobilização entrava em sua reta final.

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