CIDADE

Hospital de Clínicas emite nota sobre caso de escorpião encontrado em berço

Tulio Micheli
Publicado em 22/04/2019 às 15:32Atualizado em 17/12/2022 às 20:09
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Divulgação

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro enviou para a imprensa local na manhã desta segunda-feira (22) nota de esclarecimento sobre o caso do escorpião encontrado dentro de um berço no peito de um recém-nascido que estava no setor de maternidade da unidade. O caso aconteceu na última quinta-feira (18), em Uberaba.

Em nota, o HC-UFTM lamentou o ocorrido e esclareceu que tem contrato vigente com uma empresa que realiza, quinzenalmente, a dedetização em todos os locais do hospital. Ainda segundo o HC, o último procedimento no hospital e na ala onde estava o recém-nascido havia sido realizado há menos de 15 dias.

Entenda o caso. No dia em que os fatos vieram à tona, familiares contaram para a reportagem que a criança é saudável e muito tranquila, porém por volta das 4h30 de quinta-feira (18), o bebê estava resmungando, e a mãe levantou para ver o que estava acontecendo. Neste momento ela percebeu que um escorpião andava no peito da criança, indo em direção ao pescoço.

Em ato de desespero, a mulher pegou o aracnídeo com as mãos e gritou por socorro. Enfermeiras foram acionadas juntamente com a pediatra de plantão, onde exames foram realizados na criança. Felizmente o bebê não chegou a ser picado e os pais foram encaminhados para a ouvidoria do HC-UFTM. Fontes dentro do hospital confirmaram a existência de escorpiões no local. Segundo funcionários, semanalmente são encontrados em banheiros, paredes e corredores da unidade hospitalar.

Novos aparecimentos. Depois do fato ter tomado repercussão nacional, a reportagem continuou recebendo denúncias de novos aparecimentos de escorpiões em todas as alas do hospital. Fotos comprovam que aracnídeos foram encontrados nos banheiros, laboratórios, salas de espera e até mesmo em enfermarias.

Nota do hospital. Através da nota enviada pelo Hospital de Clínicas da UFTM é possível perceber que a unidade reconhece o fato e busca soluções. Veja a nota na íntegra:

“O Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) lamenta o ocorrido e esclarece que tem contrato vigente com uma empresa que realiza quinzenalmente dedetização em todos os locais do hospital. O último procedimento no hospital e na ala em questão havia sido realizado há menos de 15 dias. Por conta do fato, a empresa foi acionada de imediato e já realizou nova dedetização. Cabe ainda pontuar que, conforme noticiado pela imprensa e alertado por especialistas, a cidade de Uberaba tem convivido com aparecimentos semelhantes de escorpiões. O hospital reforça seu compromisso com as melhores práticas de assistência no país, ações que o levaram a ser referência na região, e se coloca à disposição da família para qualquer auxílio que se fizer necessário decorrente do fato.”

Pesquisa sobre inseticida. A reportagem realizou extensa pesquisa sobre qual inseticida seria utilizado no combate a escorpiões no Brasil. De acordo com o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o produto mais indicado é o bendiocarbe 80%, pertencente ao grupo químico metilcarbamato de benzodioxo.

De acordo com dados apresentados, se aplicado de maneira correta e em dosagem segura, o produto impede o ataque de escorpião no momento da mortalidade. Seu diferencial para outros inseticidas está na formulação, uma vez que ele controla a praga sem causar agitação na mesma. E, além dos escorpiões, o produto combate baratas, pulgas, carrapatos, barbeiros e mosquitos.

A reportagem também pesquisou os cuidados que devem ser tomados com a aplicação do inseticida. De acordo com o site do Ministério da Saúde, aqueles que utilizam o produto na rotina de trabalho deverão ser submetidos ao monitoramento regular dos níveis de colinesterase sanguínea, uma vez que o produto provoca acúmulo de acetilcolina, e o organismo passa a apresentar uma série de problemas de saúde. Sendo assim, a conclusão é de que, possivelmente, no Hospital de Clínicas, não seja possível a utilização do inseticida.

A medida paliativa, porém, não eficaz em sua totalidade, é tentar exterminar o principal alimento dos escorpiões, que no caso são baratas. Outro ponto que facilita a proliferação de escorpiões são esgotos abertos e entulhos. O Hospital de Clínicas não entrou em detalhes sobre o os produtos utilizados e as condições sanitárias do local.

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