“Deixa eu olhar carro?”, “Posso vigiar aqui para você?”. Essas são algumas das inúmeras formas de abordagens praticada pelos flanelinhas e que geram incômodo na população. Em Uberaba, o JM já produziu diversas matérias relatando a situação, que amedronta quem é abordado. Leitores voltaram a acionar a reportagem questionando uma postura mais enérgica das autoridades, especialmente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Mirante, onde a presença dos flanelinhas tem crescido próximo ao estacionamento de veículos.
Uma usuária da unidade de saúde, que preferiu manter sua identidade em sigilo, se mostrou receosa ao relatar o problema à reportagem. “A gente fica com medo de vir aqui sozinha, pois eles abordam quando ainda estamos no veículo. Como a gente diz que ele não pode olhar o carro? Não sei como ele vai reagir”, justifica.
Questionada pela reportagem sobre quais ações preventivas a Prefeitura de Uberaba adota para combater a presença de flanelinhas na cidade, a administração municipal posiciona, em nota, que a Guarda Municipal (GM) realiza rondas em diversos pontos, especialmente os que recebem reclamações da população. Contudo, ressalta depender de flagrante de ameaças ou pressão para que haja repressão.
Nesse sentido, a orientação da PMU é que a população acione os órgãos de segurança pública, como GM ou Polícia Militar (PM). Ainda, em nota, a Secretaria de Defesa Social afirma que as queixas devem ser direcionadas à secretaria pelo número 153.
Por sua vez, o chefe da assessoria de Comunicação da 5ª Região da Polícia Militar (5ª RPM), Major Guimarães, garantiu, em nota, que a PM realiza periodicamente patrulhamento na UPA do Mirante e São Benedito no intuito de inibir essa prática criminosa.
No que tange à possibilidade de instalação de uma Base Comunitária próximo as UPAs, a PM afirma que não existe estudo nesse sentido, haja vista ter bases próximas a essas regiões realizando o trabalho preventivo. Uma está instalada no Terminal Leste – próximo à avenida Nossa Senhora do Desterro – e outra na Praça Rui Barbosa. “Se alguém se sentir lesado pelos flanelinhas deve acionar o 190”, orienta.
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