CIDADE

Sindicato critica e tenta reverter demissões ocorridas na Mosaic

Entidade calcula que a redução de turnos acarretou o corte de aproximadamente 60 postos de trabalho na indústria instalada no DI-3

Daniela Brito
Publicado em 18/01/2019 às 06:02Atualizado em 17/12/2022 às 17:21
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Jairo Chagas

Presidente do Stiquifar entende que essas demissões causam grande impacto na economia de Uberaba  

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Plásticos, Cosméticos, Fertilizantes, Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região (Stiquifar) tece críticas quanto às últimas demissões ocorridas na Mosaic. A presidente da entidade, Maria das Graças Carriconde, declara que a redução de turnos acarretou recentemente o corte de aproximadamente 60 postos de trabalho em Uberaba. “Isso não significa só demissões. É uma cadeia onde esses desempregados deixam de consumir e podem gerar mais desemprego”, aponta. 

De acordo com ela, esse processo começou antes da venda da Vale Fertilizantes e permanece após a compra pela Mosaic em 2018. Desde então centenas de trabalhadores já foram demitidos. A sindicalista destaca que, como se trata de uma multinacional que visa lucro, a Mosaic atingiu as suas metas de produção e continua o processo de crescimento econômico. Porém, este processo está acarretando demissões, redução de benefícios e na qualidade de vida do trabalhador, segundo ela.

O Stiquifar tenta reverter e até minimizar a situação, mas esbarra na legislação. A presidente revela que as ações sindicais estão cada vez mais difíceis, em alterações decorrentes da reforma trabalhista. “As leis já não protegem os trabalhadores como antes. Nós, enquanto instituição de proteção dos trabalhadores, estamos recorrendo às negociações coletivas. Estamos buscando também novos recursos. Estudando formas judiciais de reverter situações, mas as demissões não poderão ser impedidas”, esclarece. 

Além disso, o Stiquifar tenta mostrar às empresas o tamanho da importância da valorização da mão de obra que está se submetendo a jornadas excessivas para manter os empregos. “Nós temos que valorizar a mão de obra. Um empregado feliz produz mais e melhor. Estamos tentando levar essa ideia e tantas outras e não iremos desistir e nem fecharemos as portas, como muitos acreditam, pois o sindicato ainda é a única instituição de proteção ao trabalhador”, conclui.

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