CIDADE

Setembro Azul: Universidade debate desafios da comunidade surda

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 466 milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas auditivos

Publicado em 18/09/2018 às 18:54Atualizado em 17/12/2022 às 13:37
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A Universidade de Uberaba (Uniube) promove, nesta quarta-feira (19), o II Encontro Setembro Azul — mês dedicado à reflexão e à celebração das ações e conquistas da comunidade surda. Este ano, o evento tem como tema “Libras - fator identitário das comunidades surdas brasileiras” e traz na programação palestras, mesa redonda e apresentações culturais e de projetos sobre o atendimento aos surdos. O Encontro acontece no Anfiteatro D56, no Campus Aeroporto da Uniube, das 18h às 22h.

A primeira atividade abordará a “A Educação de Surdos na Contemporaneidade” e será ministrada pelo professor Hely Cesar Ferreira, a partir das 19h10. Logo em seguida, a professora e tradutora/intérprete de Libras, Simone Rocha Pereira, conduzirá a palestra “O Tradutor/Intérprete de Língua Brasileira de Sinais CODA - suas percepções do universo surdo e ouvinte”.

Já a partir das 20h30, acontece a apresentação do projeto “Posso Ajudar?” sobre o atendimento ao surdo no Mário Palmério Hospital Universitário. Encerrando a programação, será realizada uma mesa redonda com o tema “Surdocegueira - Uma condição singular”, com o professor José Carlos de Oliveira.

“O evento representa dois momentos que marcaram a comunidade surda. O primeiro corresponde à opressão vivenciada, nos campos de concentração nazistas, em que as pessoas com deficiência e os surdos eram identificados com uma faixa azul presa no braço. O segundo momento, o atual, traduzido pela cor azul turquesa, — uma cor vibrante que representa a riqueza linguística e cultural de uma comunidade que tem alcançado seu espaço social na equalização de direitos e no fortalecimento de uma sociedade mais humanizada e democrática”, explica a organizadora do evento, professora e tradutora/intérprete de Libras, Simone Rocha Pereira.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 466 milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas auditivos — sendo 34 milhões crianças. Até 2050, a OMS estima que 900 milhões de pessoas poderão, em todo o mundo, vir a ter surdez, o dobro da quantidade atual. Por isso, na opinião da professora Simone, é de fundamental importância a formação de tradutores/intérpretes de Língua Brasileira de Sinais. “O país carece desses profissionais. Este é um bom momento para promovermos a interação com a comunidade surda e despertarmos nos alunos o desejo de aprofundar os estudos nesta área”, diz.

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