CIDADE

Caminhoneiros de Uberaba não reconhecem acordo com o governo e mantêm greve

Os motoristas de caminhão paralisados nas rodovias que cortam a cidade afirmaram à reportagem que não são representados pelos líderes que negociaram com o governo federal ontem

Geórgia Santos
Publicado em 25/05/2018 às 12:20Atualizado em 17/12/2022 às 09:59
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Assim como em todo país, greve dos caminhoneiros continua em Uberaba. O movimento começou na segunda-feira (21) no país, mas em Uberaba teve início na terça-feira (22) pelo Distrito Industrial III e pela AMG-2555. Em seguida, os caminhoneiros também interditaram parte da BR-050, em dois pontos. A ação continua, os motoristas alegam que as pessoas que negociaram com o governo em nome da categoria não os representam.

Na noite desta quinta-feira (24), após uma longa reunião, foi anunciado pelo governo e representantes de entidades de caminhoneiros, a proposta do governo de um acordo para a suspensão da paralisação da categoria. Entre os temas acordados, está a redução de 10% nos preços do diesel, anunciada na quarta-feira pela Petrobras, será mantida por 30 dias. Entretanto, o termo foi questionado por caminhoneiros que estão na região de Uberaba.

“Disseram que fizemos acordo, mas não é verdade, não aceitamos, a pessoa que estava negociando com o governo não nos representa”, afirma o motorista de caminhão Ronaldo Dario, que está na BR-050.

Outro motorista de caminhão, Augusto de Matos Filho, que também está na rodovia federal, diz que a negociação não foi em nome de toda categoria. “Fizeram por conta deles, os nossos representantes de fato não conseguiram nem mesmo conversar com o governo, pois todos concordam que não é suficiente abaixar apenas 10% no combustível. E, além disso, não compreendemos os valores do etanol, que está aumentando de preço, e não é um combustível produzido pela Petrobras, é preciso clareza”, afirma.

Augusto destaca que o movimento continua, somente será suspenso se os representantes de fato da categoria comunicarem o acordo estabelecido.

Os motoristas de caminhão na AMG-2555 possuem opinião semelhante. De acordo com caminhoneiro Nelson Alves Paulino, o acordo feito na quinta-feira não significa nada. “Somente vamos liberar as rodovias quando os nossos representantes anunciarem. Conversei com os meus colegas sobre a proposta e todos estão indignados, não queremos tudo que pedimos, mas pelo menos 99% das nossas solicitações”, afirma os motoristas.

Com relação aos veículos liberados, tanto na BR-050 quando na AMG-2555, os caminhoneiros relataram que veículos de passeio estão circulando normalmente. Estão liberados também caminhões de combustível para abastecer a Polícia Militar, assim como caminhões com medicamentos, ambulâncias, aqueles também que garante que irão abastecer o município com alimentos como verduras e carnes também podem ser liberados. 

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