Esta semana a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou as novas tarifas da Cemig. O índice determinado para os consumidores residenciais da empresa é de 18,53%
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Conta de energia elétrica fica mais cara 23,19% na média entre todos os níveis de consumidores, sendo que o de alta-tensão passa a pagar 35,56% a mais
Nova tarifa de energia elétrica da Cemig deve sobrecarregar principalmente consumidores que ganham menos. Esta semana a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou as novas tarifas da Cemig. O índice determinado para os consumidores residenciais da empresa é de 18,53% e passará a vigorar a partir da próxima segunda-feira (28).
Para o economista Sérgio Martins, esse aumento veio em péssima hora e será um gasto a mais. O índice médio do reajuste para os consumidores definido pela Aneel foi de 23,19%. Já os clientes atendidos em alta-tensão (industriais e comerciais de médio e grande porte) terão as contas reajustadas em 35,56%. Contudo, a Cemig lembra que em 2017 houve redução, tanto para os clientes residenciais e de empresa quanto para aqueles de alta-tensão.
Entretanto, Sérgio Martins destaca que qualquer aumento de tarifa pública é muito sério, tendo em vista que a situação econômica ainda é desfavorável, o desemprego continua alto, as contas públicas com o descontrole dos poderes se tornam deficitárias e esse é mais um aumento que vem sobrecarregar, principalmente, aqueles que ganham menos. “É mais um reajuste associado a tantos outros, que ocorre em um momento que não poderia acontecer. Pois os salários não acompanham essa escalada de preços e infelizmente não poderia estar acontecendo isto. O consumidor que já vem adotando medidas restritivas no orçamento, que inclusive visa a combater estes aumentos, terá ainda mais dificuldades”, diz.
Em nota encaminhada à imprensa, a Cemig esclarece que mais de 80% do reajuste definido pela Aneel se refere a itens que não estão sob a gestão da companhia. De acordo com a concessionária, a maior parte do índice se refere ao alto custo de compra da energia em função do baixo nível dos reservatórios brasileiros nos últimos anos, especialmente no segundo semestre de 2017.