CIDADE

Professores fazem aperfeiçoamento sobre as relações étnico-raciais

Curso está sendo oferecido pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com a Coordenadoria de Igualdade Racial da Fundação Cultural

Geórgia Santos
Publicado em 21/04/2018 às 20:52Atualizado em 16/12/2022 às 04:35
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Sandro Neves

Antônio Carlos Marques, presidente da Fundação Cultural de Uberaba, fala durante a aula inaugural do curso

Professores da rede pública e particular realizam Curso de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico-raciais. A aula inaugural foi ontem e segue até o fim do ano, com momentos presenciais, a distância e oficinas. Cerca de 50 profissionais estão realizando o curso. A Educação para as Relações Étnico-raciais, prevista pela Lei Federal nº 10.639/2013, tem embasamento na construção político-pedagógica para o reconhecimento, valorização e promoção do legado histórico-cultural dos negros, com iniciativas que visam a formação continuada dos professores.

De acordo com a chefe da Seção do Departamento de Formação Continuada, Maria Abadia Vieira da Cruz, com o curso, as escolas poderão fazer o seu plano de intervenção para combater toda prática de racismo, além de conhecer toda história do povo brasileiro nas questões africanizadas. “O curso vai acontecer uma vez por mês, com 10 encontros, além das atividades não presenciais, com 69 horas para execução do projeto a ser realizado. Teremos oficinas em que, no período da manhã, os professores poderão adquirir conhecimentos com o pronunciamento de doutores e mestres e à tarde serão realizadas oficinas”, explica Maria Abadia.

As oficinas serão ministradas pela Fundação Cultural, por meio da Coordenadoria de Políticas de Igualdade Racial, com temas baseados na história local, abordando questões relacionadas à religiosidade, à saúde, entre outras. Conforme a coordenadoria, o curso é uma quebra de paradigmas e, com ele, os professores poderão conhecer e transmitir a história do negro de forma mais correta do que antes era ensinado. Na escola, os aprendizados dos professores serão repassados de forma multidisciplinar. Todos os conteúdos irão trabalhar na vertente de olhar o outro de forma humanizada, de que somos todos iguais, e que as diferenças estão na cultura. Durante o curso o professor pode ir se adequando na escola.

O prefeito Paulo Piau, presente na aula inaugural, lembra que Uberaba possui uma comunidade negra bastante ativa e ainda defasada no aspecto social. “Vamos resgatar a cultura, a participação do negro na história de Uberaba e do país. Esse é o primeiro passo para dar autoestima às crianças negras”, diz.

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