CIDADE

Greve dos técnicos administrativos da UFTM completa 16 dias

Na última semana, os grevistas panfletaram na praça Rui Barbosa e no calçadão da rua Artur Machado, com o objetivo de explicar à população a necessidade do movimento grevista

Thassiana Macedo
Publicado em 02/12/2017 às 21:43Atualizado em 16/12/2022 às 01:53
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Servidores técnicos administrativos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) estão em greve desde 16 de novembro, após decisão em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Município de Uberaba (Sinte-Med). A categoria possui reivindicações nacionais e locais e também levanta bandeira contra a reforma da Previdência e as medidas que representam o desmonte das universidades públicas federais e hospitais universitários.

Na última semana, os grevistas panfletaram na praça Rui Barbosa e no calçadão da rua Artur Machado, com o objetivo de explicar à população a necessidade do movimento grevista, bem como esclarecer sobre os motivos da paralisação. O comando de greve planeja realizar mais um ato, no mesmo local, nesta segunda-feira (4).

Entre as reivindicações, os servidores pedem o fim dos cortes financeiros às universidades federais, inclusive à UFTM, a abertura das negociações com o governo Temer e o cumprimento dos acordos da greve de 2015. A categoria também é contra as reformas da Previdência e o aumento de 11% para 14% da contribuição previdenciária, bem como é contra a reforma do Plano de Carreira dos Técnicos Administrativos e o Plano de Demissão Voluntária (PDV). Além disso, o grupo quer o fim da carga horária de 30 horas.

Localmente, os técnicos administrativos federais reivindicam melhores condições de trabalho para setores da UFTM e também para o Hospital de Clínicas, que enfrenta sérias dificuldades para fornecer um atendimento básico e de qualidade à população.

Em carta aberta divulgada à população, os servidores alertam que enquanto o governo prega que os servidores públicos sustentam privilégios, sendo os grandes causadores do rombo nas contas públicas, “não são taxadas as grandes fortunas e as dívidas dos grandes bancos são perdoadas. A realidade é que muitos órgãos públicos estão sem recursos. O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), por exemplo, está sem materiais básicos para trabalho, como gaze, algodão e luvas. Isso tem impedido a realização de vários procedimentos, desde os mais simples aos mais complexos, como cirurgias urgentes”, declara a carta.

Segundo o coordenador-geral do sindicato, Rolando Malvásio, a greve não está afetando o atendimento ao público no hospital, porque a adesão está concentrada na universidade.

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