Ato contra reformas reuniu mais de 600 pessoas na Rui Barbosa

Estima-se que cerca de 600 pessoas estiveram concentradas na praça Rui Barbosa durante a manhã e parte da tarde. Contudo, a coordenadora regional do Sind-UTE/MG, Maria Helena Gabriel, acredita que a manifestação tenha levado mais de mil pessoas à praça já nas primeiras horas da concentração. “Em Uberaba, poucos setores funcionaram e isso é muito positivo, já que o Brasil inteiro parou por motivos sérios”, argumenta.

A Cúria Metropolitana permaneceu fechada durante todo o dia, assim como a sede da Ordem dos Advogados do Brasil/14ª Subseção, instituições que manifestaram publicamente apoio ao movimento contra as reformas. Durante as manifestações, várias pastorais católicas e Comunidades Eclesiais de Base estiveram representadas.

Na avaliação do prefeito Paulo Piau, os movimentos são legítimos na democracia, mas o chefe do Executivo demonstra preocupação com os verdadeiros objetivos da greve geral. “No fundo, quem está organizando está muito mais ligado às questões político-partidárias do que nos assuntos objetos. A única preocupação é essa, porque paralisar uma escola, um hospital, os sistemas de transporte e bancário – especialmente no último dia de prestação de contas do Imposto de Renda... Isso cria um prejuízo para a comunidade”, avalia o prefeito.

Em entrevista à Rádio CBN na manhã de ontem, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, minimizou o movimento, afirmando que as pessoas não deixaram de ir ao trabalho, mas entende que outros milhares foram obstruídos por grupos de 15 a 20 pessoas ligadas a sindicatos e centrais sindicais. Serraglio afirmou que a organização sindical brasileira tem 17 mil grupos, indicando que há muitos “cabides de emprego”, já que apenas 18% dos trabalhadores brasileiros são sindicalizados.