CIDADE

Cemig faz mutirão em Uberaba para detectar gatos em ligações

Técnicos da Cemig realizam mutirão de inspeções para identificar possíveis ligações irregulares em sete cidades mineiras, entre elas Uberaba

Thassiana Macedo
Publicado em 26/04/2017 às 07:20Atualizado em 16/12/2022 às 02:24
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Reprodução

Técnicos da Cemig estarão em sistema de mutirão verificando ligações elétricas clandestinas na cidade

Técnicos da Cemig realizam hoje mutirão de inspeções para identificar possíveis ligações irregulares em sete cidades mineiras, uma delas será Uberaba. Segundo a companhia, as ligações irregulares, popularmente conhecidas como “gatos”, são um problema não só para as distribuidoras de energia, mas também para a população.

A Cemig estima um prejuízo de aproximadamente R$300 milhões com essa prática lesiva. Esse valor é rateado com os clientes adimplentes e regulares, conforme a legislação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador do setor elétrico – por meio da tarifa de energia.

De acordo com Marco Antônio de Almeida, gerente de Gestão e Controle da Medição e das Perdas Comerciais da Distribuição da Cemig, isso significa que a tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% menor se não houvesse ligações irregulares e clandestinas. “O prejuízo é rateado entre a Cemig Distribuição e todos os consumidores adimplentes, diminuindo os ganhos da distribuidora e encarecendo a tarifa para aqueles que usam a energia de maneira honesta”, esclarece.

Almeida reforça que a Cemig acompanha o consumo dos mais de oito milhões de clientes em todo o Estado e, além de fazer a rotina diária de inspeções através dessa avaliação de consumo, realiza mutirões em 774 municípios de Minas Gerais, onde tem encontrado muitas irregularidades. “Além da sobrecarga na rede elétrica, as ligações irregulares podem causar graves acidentes e danos aos equipamentos elétricos e queda na qualidade da energia, devido às constantes interrupções no sistema elétrico provocadas pela sobrecarga gerada pelo consumo irregular. Vale lembrar, ainda, que várias ocorrências de rompimento de fios e queima de transformadores são registradas devido a essa prática criminosa”, alerta o gerente.

Marco Antônio de Almeida ressalta que se forem confirmadas as irregularidades, os infratores podem responder criminalmente, já que a intervenção no padrão de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e prevê multas e pena de um a oito anos de reclusão, além da obrigação de ressarcimento de toda a energia furtada e não faturada em até 36 meses, de forma retroativa. Ele lembra ainda que a prática também pode ocasionar acidentes fatais, além de incêndios e danos à rede elétrica.

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