Fundação vai ouvir vizinhos para manter o Domingo na Concha

Fundação Cultural desmente boatos divulgados em redes sociais sobre o fim do projeto Domingo na Concha. No início de 2016, moradores do entorno da praça começaram a reclamar do excesso de barulho causado pelas apresentações musicais, o que acabou desaguando no Ministério Público de Meio Ambiente e resultou numa Ação Civil Pública contra eventual ocorrência de poluição sonora, com emissão de ruídos acima dos limites permitidos por lei.

De acordo com o assessor jurídico da Fundação, Luís Fernando Alves, a ação não é para acabar com o projeto. “É importante esclarecer os fatos para evitar constrangimentos desnecessários. Com essa ação do MP, vamos nos adequar em relação ao sistema de sonorização. Foi proposta uma solução amigável. Assim, podendo até resultar em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Então, o nosso papel agora é convocar uma audiência pública, conforme prevê o estatuto das cidades, para que a gente possa ouvir os moradores da região e inseri-los no projeto, visto que são importantes também. Essa é a grande missão da Fundação Cultural atualmente: adequar o projeto para que possamos estar dentro dos limites da lei”, esclarece o assessor jurídico.

Já para o presidente da instituição, Antônio Carlos Marques, é preciso respeitar as normas para que o projeto continue como deve ser. “Estamos, inclusive, realizando o processo de contratação de engenheiro especializado em técnica de som para não causar prejuízos aos artistas e nem aos moradores. O projeto está sendo reestruturado, sendo feito um trabalho experimental todo domingo, no sentido de ajustar o som para chegarmos ao ideal. A concha foi construída invertida e todo som feito lá sobe, atingindo os prédios vizinhos. Vamos conversar com eles e mostrar que estamos com a melhor intenção possível e dizer o que o projeto pode trazer de benefício à praça. Prometemos ao promotor que vamos fazer tudo que for preciso para ter a política da boa vizinha”, reforça Marques.