CIDADE

Agentes de zoonoses vão retirar criadouros nas visitas domiciliares

Índice de infestação por Aedes aegypti apurado no LIRAa, divulgado na segunda-feira (20), manteve a cidade em situação de alerta

David Tschaikowsky
Publicado em 22/03/2017 às 07:45Atualizado em 16/12/2022 às 14:29
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Neto Talmeli

Ontem, o secretário de Saúde, Iraci Neto, e o diretor de Vigilância em Saúde, Nelson Ranieri, deram coletiva para explicar o crescimento

Durante coletiva de imprensa realizada ontem pela Secretaria Municipal de Saúde, sobre resultado do LIRAa, já divulgado pelo Jornal da Manhã, o secretário de Saúde, Iraci Neto, e o diretor de Vigilância em Saúde, Nelson Ranieri, voltaram a destacar que a população tem papel fundamental no combate ao mosquito transmissor de várias doenças. No entanto, eles dizem que os agentes de endemias, durante as visitas domiciliares, passarão a recolher recipientes que podem se tornar criadouros do Aedes aegypti.

O LIRAa apontou infestação predial de 3% na cidade, mantendo Uberaba em estado de alerta para o mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. O índice de infestação predial verificado este mês é maior do que foi verificado em janeiro deste ano (2,4%). O resultado também superou o número registrado no mesmo período de 2016. Em abril do ano passado, o índice ficou em 1,2%.

Foi levantado pelo Departamento de Zoonoses que o entulho tem sido um grande problema para a proliferação do mosquito dentro das casas. De acordo com Nelson Ranieri, esta questão é de suma importância, sendo que a população precisa se conscientizar, porque é a mais afetada pelas doenças causadas pelo Aedes. “No mutirão, o morador coloca o entulho que não lhe interessa mais para fora de casa. No entanto, ele acaba deixando dentro de casa recipientes que podem se transformar em criadouro do mosquito. Percebemos que 30% do que não foi jogado fora são bebedores de animais e vasos de plantas. Agora vamos mudar o direcionamento do trabalho de campo, aproveitando as visitas domiciliares dos agentes nos bairros mais críticos. Quando for verificado este tipo de material, o agente, com autorização do morador, vai recolher o utensílio e descartar devidamente para que evite proliferação naquele local”, esclarece Nelson.

Com a atenção voltada para a febre amarela, o secretário Iraci reforça que as ações estão sendo vistas de forma positiva, já que foi preciso fazer trabalho paralelo com o da dengue, visto que o mosquito transmissor é o mesmo. Assim, os esforços se concentraram no combate ao Aedes aegypti. “O mês de março, em todos os anos, é o mais preocupante em qualquer que seja a situação. Então, continuamos em estado de alerta sobre essa realidade apresentada pelo levantamento e continuamos com o cronograma de ações até o fim de abril e início de maio, quando temos maior responsabilidade no combate à dengue”, reforça o secretário.

Na oportunidade foi anunciado que a secretaria vai vacinar permissionários e comerciantes da Ceasa Uberaba. O foco é imunizar as pessoas que vão e vêm do campo e que não têm acesso aos pontos de vacinação.

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