CIDADE

Operação Carne Fraca interfere no movimento de churrascaria

Nos supermercados ainda não há interferência; empresários acreditam que internamente a situação não deve afetar como na exportação

Geórgia Santos
Publicado em 22/03/2017 às 07:33Atualizado em 16/12/2022 às 14:29
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Reprodução

Movimentação em churrascaria caiu no fim de semana, mas, segundo empresário, as pessoas já começam a compreender que não existe risco

Proprietário de churrascaria de Uberaba percebeu queda na movimentação após a deflagração da operação Carne Fraca. De acordo com o Nédio Salva, que é dono de uma churrascaria tradicional da cidade, no fim de semana já foi possível perceber redução no número de clientes, e o comentário em todos os lugares era sobre a operação e a preocupação quanto à carne.

“Essa situação nos preocupa quanto às consequências das informações sobre esta operação. É uma cadeia. Os problemas podem afetar vários setores, como o produtor rural, as empresas que vendem produtos aos fazendeiros, os comerciantes, entre eles açougues e churrascarias, os frigoríficos, enfim, vários podem sair prejudicados. Por isso espero que logo sejam dados todos os esclarecimentos quanto à investigação”, afirma Nédio.

O comerciante destaca que, assim que as informações vão sendo divulgadas, os clientes vão compreendendo os fatos. De acordo com ele, alguns que voltaram à churrascaria disseram estar mais tranquilos, pois perceberam que o problema estava relacionado aos embutidos. “Acho que com o tempo as pessoas vão se informando e acredito que a operação não será tão prejudicial no consumo interno, agora, para exportação pode ser diferente; enquanto não saírem todos os laudos explicando a situação, pode haver dúvidas”, explica.

Já nos supermercados, de acordo com o diretor da Associação Supermercadista de Uberaba, Matusalém Alves, não houve queda nas vendas. “O consumidor entende que foi um fato pontual, não está generalizando, por isso não acredito que haverá reduções”, explica. Matusalém lembra que fatos como este já aconteceram em outros setores, como foi o caso do leite em Uberaba, e foram fatos pontuais. “Entendemos que é um caso isolado, e isso está mais do que provado. Além do mais, é bom destacar que a fiscalização não é feita apenas no país de origem, no caso o Brasil, o país comprador também fica de olho na qualidade do produto”, diz.

Portanto, o diretor acredita que a operação não deve gerar impacto no consumo interno, podem ocorrer situações no embaraço para exportação, mas as vendas no Brasil não devem mudar. Além disso, ele destaca que em Uberaba existe rigor quanto à fiscalização de carnes, com a Vigilância Sanitária bastante atuante.

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