Codau utiliza lacre como nova forma de coibir inadimplência

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O lacre interrompe o abastecimento e somente depois da negociação da dívida é retirado pelo Codau

Codau realiza mais de dois mil cortes de água com novo método. Este é o resultado da instalação de um lacre no hidrômetro do consumidor inadimplente. O lacre interrompe o abastecimento, e depois da negociação da dívida é retirado pelo Codau. A avaliação do método é positiva.

Segundo o presidente do Codau, Luiz Guaritá Neto, o número de inadimplência continua alto, algo em torno de 35% após o primeiro mês de vencimento. E diante desta situação, desde o mês de novembro a autarquia está colocando um lacre no hidrômetro, que suspende o fornecimento de água. “Desde que isso aconteceu dobramos o número de cortes, e em dezembro atingimos o total de 2.008 cortes executados desta forma”, explica o presidente da autarquia.

Neto destaca que a medida está trazendo resultado favorável para que a inadimplência caia, uma vez que a utilização desse sistema tem isso como principal propósito. “O nosso serviço de atendimento está disponível para aqueles que queiram negociar, pagar as suas dívidas”, diz.

Contudo, Luiz Neto reforça que o mais indicado é que a pessoa procure o Codau antes do corte. Se tiver dívida, o ideal é buscar a autarquia desde já, pois o processo de religamento pode demorar um pouco. Segundo a autarquia, o prazo é, em média, de dois a três dias. “Sem dúvida os resultados são bons, chegamos a dois mil cortes. Conseguimos certa redução na inadimplência, mas ainda está alta. Cerca de um terço dos consumidores não está pagando a conta dentro dos primeiros 45 dias, e é a partir deste prazo que realizamos o corte”, esclarece.

Luiz Neto ainda faz um alerta para que os consumidores não violem o lacre. De acordo com ele, desde o início desse sistema, apenas uma pessoa tentou retirá-lo do hidrômetro e não se deu bem. “Se o lacre for violado a pessoa perde o direito de refinanciar a dívida e o corte será feito pelo sistema antigo em que era preciso quebrar passeio para interromper o fornecimento”, afirma.