Foto/Jairo Chagas
Sem acesso, os alunos ocupam o saguão do Centro Administrativo e Educacional da Universidade Federal
A movimentação dos estudantes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro continua intensa nas dependências do Centro Educacional da UFTM. A manhã de ontem foi dedicada para as atividades internas dos ocupantes e no turno vespertino foi realizado debate sobre a reforma previdenciária entre os alunos.
Os representantes do movimento preferiram não se identificar, mas, em entrevista ao Jornal da Manhã, disseram que continuam realizando oficinas e formações políticas. “A sociedade está nos apoiando, estamos recebendo muitas doações, como alimentos, materiais para confeccionar faixas e cartazes para os protestos. Por isso, gostaríamos de agradecer quem está nos ajudando e apoiando, especialmente aos docentes e técnicos administrativos”, disse um dos representantes.
A estimativa da comissão de comunicação da ocupação é de que 200 estudantes estejam no prédio do Centro Educacional da instituição. Sobre a liberação para a entrada de servidores e alunos, a comissão afirma que alunos não pertencentes ao movimento e à ocupação não estão sendo liberados. “Como os discentes, docentes e técnicos administrativos aderiram à greve, alunos não entram. Só entram ocupantes e de acordo com os horários que a nossa comissão de segurança delimita”, esclarece.
A pró-reitora de Assuntos Comunitários e Estudantis, Sandra Eleutério Campos Martins, participou de reunião com os membros do movimento estudantil responsável pela ocupação das dependências do Centro Educacional da UFTM e informou a importância do acesso às dependências da Proace, no Centro Educacional. Em nota enviada à imprensa, afirma que, na ocasião, esclareceu sobre o processo de reavaliação dos auxílios recebidos pelos discentes que está em andamento e que precisa ser finalizado até o dia 3 de novembro, conforme disposto em edital. “Caso a ação não seja concluída durante o prazo, os auxílios dos alunos em processo de reavaliação podem ser suspensos”, afirma a nota.
Além disso, a pró-reitora revela que destacou para os integrantes do movimento que a Proace precisa cumprir prazos de empenho no processo de compra de material de consumo e permanente para assistência. De acordo com a nota, se isso não ocorrer a instituição perderá os recursos provenientes do governo federal.