CIDADE

Projeto uberabense Empoderação das Pretas é selecionado em prêmio nacional

O projeto Empoderação das Pretas começou de forma despretensiosa pela união de jovens mulheres negras da cidade

Publicado em 23/10/2016 às 11:04Atualizado em 16/12/2022 às 16:54
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Foto/Divulgação

Grupo integrante do projeto executado pelo Coletivo "Afrontar-se" e que foi selecioando pela Secretaria de Políticas da Igualdade Racial

A estudante de comunicação Paula Karine foi contemplada pelo “Prêmio Antonieta de Barros – Jovens Comunicadores Negros e Negras”, representando o Coletivo “Afrontar-se”, com o projeto “Empoderação das Pretas”. O resultado foi divulgado na última semana pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

O projeto ficou em 12º lugar na classificação final dos 50 selecionados, entre propostas de todo o Brasil, a receber a premiação de 20 mil reais. “Como estudante de comunicação e mulher preta, o prêmio, sem dúvida, representa o início de muitas outras conquistas, principalmente dentro do movimento negro. Estou em constante resgate da minha ancestralidade e com o projeto a expectativa é aprender ainda mais, promovendo momentos de cura e de desconstrução para nossos jovens, mulheres e crianças negras”, disse Paula.

O projeto Empoderação das Pretas começou de forma despretensiosa pela união de jovens mulheres negras da cidade de Uberaba, que se uniram na intenção de criar um espaço de fala e troca entre elas. Com o tempo, o projeto cresceu e passou a ser organizado pelo Coletivo Afrontar-se. Ganhou outros formatos e passou a atender também crianças da cidade, com a roda de conversa “Empoderação Kids”.

Recentemente, o projeto comemorou um ano e já tem no currículo discussões sobre gênero e resgate da ancestralidade. Trouxe em suas atividades a Kemetic Yogi Ama Emay Mizani, que abordou o tema Kemetic Yoga e alimentação ancestral, e recentemente a dançarina guineense Mariam Mariam, com o seu grupo de dança Limanya, que ministra aulas e oficinas regularmente na cidade de São Paulo.

O trabalho vem sendo desenvolvido há um ano pelo Coletivo Afrontar-se, sem fins lucrativos, com foco na reconstrução social e no resgate étnico cultural da ancestralidade africana. Tudo isso foi apresentado por meio de um projeto à Seppir e o que já vinha sendo desenvolvido com muita garra por parte dos envolvidos foi reconhecido pela secretaria, que tem, com a premiação, o objetivo de estimular o protagonismo juvenil, promover a imagem positiva de jovens negros e negras, divulgar ações de comunicação já realizadas ou em realização que estimulem a igualdade racial, além de mobilizar, articular e fortalecer o movimento jovem negro envolvido com a promoção da igualdade racial e o enfrentamento ao racismo.

Foram premiadas cinquenta ações de comunicação, cujos autores receberão R$20 mil para executá-las em um prazo máximo de dois anos. A equipe vencedora é formada pela estudante de publicidade Paula Karine, a publicitária Mariana Prata, o administrador Nelson de Assis Jr. e a jornalista Agnes Maria, todos anteriormente envolvidos e engajados com causas sociais e atualmente integrantes do Coletivo Afrontar-se.

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