CIDADE

Bolsa Família chega a uma década com menos beneficiários na cidade

Programa Bolsa Família completa mais um ano de existência com mais de cinco mil beneficiários em Uberaba, número que já foi maior e vem caindo a cada ano

Geórgia Santos
Publicado em 23/10/2016 às 10:22Atualizado em 16/12/2022 às 16:54
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Foto/Reprodução

Programa Bolsa Família completa mais um ano de existência com mais de cinco mil beneficiários em Uberaba, número que já foi maior e vem caindo a cada ano. O programa do governo federal, destinado a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, já existe há mais de uma década e muitos avanços aconteceram no decorrer dos anos, várias melhorias, mas, por outro lado, muitos concordam que ainda é preciso melhorar.

No país existem 13,9 milhões de famílias beneficiadas, cerca de 50 milhões de pessoas, um quarto da população brasileira. Em Minas Gerais, o benefício é concedido a mais de um milhão de famílias. Em Uberaba são 5.595 famílias, sendo que 3.346 estão abaixo da linha da pobreza, isto é, recebem uma renda per capita de até R$85. O valor do benefício é relativo à quantidade de filhos, cada um recebe o valor de R$39, porém o máximo é de cinco filhos.

“Já tivemos um número maior de beneficiários, está reduzindo. A partir do momento em que começou um trabalho com estas famílias, a quantidade de benefícios caiu, o objetivo é que elas melhorem as condições de vida. A transferência da renda é para evitar que as crianças se envolvam com o trabalho infantil, que permaneçam na escola e continuem sendo avaliadas”, explica a coordenadora do Núcleo de Assistência Social, Vânia Guarato.

Além disso, Vânia destaca que os profissionais dos Cras trabalham para emancipar os beneficiários, pois o programa, sozinho, não emancipa ninguém, isso só acontece quando é realizado um trabalho socioeconômico com a tentativa de inserção no mercado de trabalho, para que esteja capacitado para deixar de depender desse benefício.

Sobre os avanços, Vânia destaca que antes a transmissão não era online e para o acompanhamento destas famílias no Cadastro Único não se tinha cruzamento e a frequência escolar deixava a desejar. Agora, segundo Vânia, a transmissão dos dados é de mês a mês. Por outro lado, ainda é preciso melhorar alguns pontos, e sobre isto Vânia aponta a conscientização das próprias famílias beneficiárias. O município precisa trabalhar mais junto aos beneficiários e o governo federal, melhorar o cadastro. “Enfim, as famílias precisam ser mais independentes, o programa é só uma ajuda, e muitas não querem isso”, diz.

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