A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) atendeu à solicitação feita pelo Comando Nacional dos Bancários e concedeu nova rodada de negociações durante toda a tarde de ontem em São Paulo.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a Fenaban apresentou uma nova proposta de novo modelo de acordo, com validade de dois anos (2016 e 2017). O Comando reafirmou a necessidade de que a proposta contemple emprego, saúde, vales, creche, igualdade de oportunidades e mais segurança. Antes de retomar com as negociações, a Fenaban irá se reunir com os bancos na manhã de hoje e, às 15h, retornará à mesa com os bancários.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba, Baltazar Luzia Pinto, disse que a categoria espera que seja apresentada uma proposta diferente da que já foi rejeitada duas vezes pelos bancários. “Logo mais teremos uma nova rodada e esperamos que a proposta mude, seja algo razoável”, afirma. Conforme Baltazar, as agências bancárias da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Itaú permaneceram fechadas nesta terça em Uberaba.
O sindicalista reforçou que a categoria não gosta de fazer greve, mas está ocorrendo por conta da intransigência dos patrões. “O próprio processo salarial é assim: cada um precisa ceder um pouco e, nem sempre, nosso pleito é atendido plenamente. Não somos radicais, estamos dispostos a negociar. Se a proposta for razoável, o Comando irá analisá-la e, possivelmente, podemos até aceitá-la”, salienta.
Pressionando. Com o silêncio da Fenaban desde a última rodada de negociações, o Comando optou por enviar oficio à federação na sexta-feira (23), para solicitar a volta das negociações da Campanha Nacional de 2016. No texto, a categoria alega que como os dirigentes sindicais estariam reunidos em São Paulo na segunda-feira (26), eles se colocavam à disposição para a retomada dos temas tratados na mesa de negociação.
A última proposta apresentada pelos banqueiros propunha reajuste de 7% e abono de R$3.300. No entanto, os bancários alegam que o índice não repõe a inflação acumulada entre os meses de setembro de 2015 e agosto de 2016, que foi de 9,62%.