Foto/Neto Talmeli
Fúlvio Ferreira, o presidente da CDL, diz que não apenas o setor de serviços, mas o comércio também vive momento de mais otimismo
Setor de serviços registrou leve crescimento de 0,7%, em julho, se comparado com o mês anterior, quando recuou 0,2%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revelam ainda crescimento de 1,2% na receita nominal entre junho e julho deste ano.
A alta nos dois meses foi motivada por avanço nos segmentos de serviços prestados às famílias (3,2%), outros tipos (1,9%), atividades turísticas (0,7%) e ainda serviços profissionais, administrativos e complementares com (0,3%). Ainda na sequência, os serviços de informação e comunicação se mantiveram estáveis, enquanto os transportes, serviços auxiliares de transporte e correio tiveram queda de 0,3%.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uberaba, Fúlvio Ferreira, o município segue a tendência nacional. “Não só no setor de serviços nossa cidade acompanhou o crescimento do país, mas também no setor de comércio. Ano passado estávamos num pessimismo crescente e agora se transformou em otimismo. Claro que diversos setores estão sucateados, com movimento comercial muito fraco, com muitas pessoas desempregadas. Estamos em uma curva ascendente e isso faz com que todo esse otimismo seja traduzido em movimentação e melhoria no segmento de serviços e comércio”, enfatiza Fúlvio.
Ainda de acordo com o empresário, o que pode ter levado a esse crescimento foi a confiança no novo governo. “Muitos brasileiros que estavam com medo do que aconteceria com o país, devido ao processo de impeachment, guardaram o dinheiro que estava reservado para fazer algum negócio, comprar, construir ou vender. Retomada a confiança, começaram a desenvolver seus projetos, injetando mais dinheiro no mercado, demandando assim mão de obra, e isso refletiu no crescimento do setor”, explica o presidente da CDL.
Em relação à expectativa nas contratações de fim de ano, Fúlvio ressalta que ano passado a contratação foi fraca. “Esperamos que este ano seja tão bom quanto há dois anos, porque o comércio está muito otimista. Em contato com os comerciantes, percebi que estão mais confiantes, acreditando que o Natal deste ano será bem melhor que o de 2015. O empresário vai ficar seletivo, exigindo do funcionário mais qualificação, fazendo curso, participando de palestras, se atualizando de alguma maneira. O Sebrae, CDL, Senac oferecem cursos gratuitos para quem está desempregado e quer retornar ao mercado de trabalho mais capacitado”, finaliza Fúlvio.