CIDADE

Plano desburocratiza normas de inspeções sanitárias de produtos originados do campo

De acordo com o presidente interino Michel Temer, outros ministérios seguirão o exemplo do Ministério da Agricultura

David Tschaikowsky
Publicado em 28/08/2016 às 13:48Atualizado em 16/12/2022 às 17:33
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Governo lançou na semana passada o Plano Agro+, que contém uma série de medidas para analisar normas que buscam diminuir a burocracia para o agronegócio. Entre as deliberações estão o fim da reinspeção em portos e carregamentos vindos de unidades com Serviço de Inspeção Federal (SIF), determinações mais simples para a rotulagem de produtos de origem animal, certificação fitossanitária, mudanças na temperatura de congelamento da carne suína dos atuais -18°C para -12°C.

De acordo com o presidente interino Michel Temer, outros ministérios seguirão o exemplo do Ministério da Agricultura, no sentido de desburocratizar o setor produtivo. Ainda segundo nota do ministério, o fim desse obstáculo irá significar economia de R$1 bilhão por ano, valor equivalente a 0,2% dos R$500 bilhões obtidos em faturamento a cada ano pelo agronegócio nacional.

Na visão do presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Romeu Borges Júnior, a medida foi vista com bons olhos. “Além de desburocratizar a parte sanitária, valorizando as inspeções regionais e estaduais, vai acelerar o processo de embarque e transporte, diminuindo o custo estimado em R$1 bilhão que será economizado, pois quanto menos tempo levar para chegar o produto até o consumidor, melhor é a sua qualidade”, pontua Romeu.

Ainda de acordo com Romeu, é preciso enxergar o Brasil como ele é. “Temos que criar medidas que sejam saudáveis e salutares para quem produz e consome, sem esquecer as tradições do país”, enfatiza o presidente do sindicato.

Volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário preocupa as lideranças rurais. A possibilidade de reimplantação do Ministério do Desenvolvimento Agrário preocupa o produtor rural e seus representantes. O Sindicato Rural de Uberaba é veementemente contra, pontua seu presidente, Romeu Borges Júnior. “Aquilo virou um antro de corrupção e mais se falava em reforma agrária do que desenvolvimento agrário. Nós vivemos um momento em que o pequeno e o médio produtores vivem em dificuldade, por isto que os grandes produtores crescem, porque o pequeno não consegue sobreviver. O êxodo rural é fruto de política agrícola ineficiente, que não valoriza e não cria condições de que sejam independentes e rentáveis no campo. A política de inclusão social não vem com distribuição de terra e sim com renda no campo”, finaliza Romeu.

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