Servidores federais podem fazer greve contra propostas do governo

Propostas do governo federal podem levar servidores públicos federais, entre eles, das universidades, a deflagrar greve no país.

De acordo com o coordenador-geral do Sint-MED, Rolando Rubens Malvásio Júnior, esta é uma ação que ainda está em processo de construção, algumas reuniões já foram realizadas. “O movimento não é apenas dos técnicos administrativos, estamos negociando com os professores, alunos, não apenas na educação, mas de outros setores também, e até mesmo no privado, para aderirem a este movimento, que será realizado por conta de medidas do governo que podem ser adotadas que são ruins para a educação e para o serviço público como um todo”, explica.

Entre estas medidas, Rolando lembra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 257/2016, que possui ações que atacam os serviços públicos, como a volta do Plano de Demissão Voluntária, congelamento de salários pelos próximos 20 anos e o aumento do desconto previdenciário. Tem também a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que trata da redução de recursos para as áreas sociais. E, por fim, contra a reforma da Previdência, que fará mudanças significativas na aposentadoria.

“Os trabalhadores, mais uma vez, estão pagando por uma crise econômica que, na verdade, tem como culpada a corrupção no país. Então, é em defesa dos trabalhadores e da educação que queremos realizar esse movimento. Já realizamos algumas reuniões. Recentemente aconteceu uma em Brasília, com todas as entidades nacionais de servidores, e estes encontros continuam, pois a nossa ideia é fazer uma greve geral e se possível juntar com o setor privado, como petroleiros e químicos”, explica o coordenador.

Quando questionado se realmente acredita que a greve deve acontecer, Rolando disse que tudo vai depender do grau de conquista dos trabalhadores. “Uma coisa é certa, pior que fazer uma greve é não fazer nada”, finaliza.