CIDADE

Nutricionista aprova suspensão de venda do refrigerante para alunos até 12 anos

As grandes empresas de bebidas anunciaram recentemente acordo para mudar a política de venda de refrigerantes em escolas

Letícia Morais
Publicado em 28/06/2016 às 07:55Atualizado em 16/12/2022 às 18:19
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As grandes empresas de bebidas anunciaram recentemente acordo para mudar a política de venda de refrigerantes em escolas. De acordo com as empresas, a partir de agosto as fabricantes vão deixar de vender refrigerantes diretamente às cantinas de escolas que atendam crianças de até 12 anos, sob o argumento de que elas não têm maturidade o suficiente para fazer escolhas de consumo.

A nutricionista Amely Degraf Terra avaliou a mudança como positiva e acredita que isso trará, sim, um benefício para as crianças. Segundo ela, só as escolas que têm trabalho nutricional é que possuem um cardápio mais saudável. “Hoje, as pessoas têm muita informação, leem o rótulo nutricional, pesquisam sobre o assunto, então, já sabem que os alimentos industrializados não são tão saudáveis quanto as indústrias pregam nas propagandas e no próprio marketing dos alimentos”, analisa.

Para Amely, houve uma “guerra” dos consumidores contra os alimentos industrializados, mesmo que o consumo não tenha diminuído, mas existe uma diminuição desse tipo de propaganda. “Por isto, acredito que as indústrias começaram a perceber que existe, sim, um movimento para uma alimentação mais saudável. É uma necessidade de as empresas também trabalharem contra a obesidade infantil e com o marketing delas”, salienta.

No entanto, a nutricionista lamenta que a ação tenha vindo de empresas privadas, já que, segundo ela, a medida deveria ter partido do poder público. “Em alguns municípios existem leis proibindo escolas de venderem alimentos industrializados, mas de alguma forma aconteceu uma ação educativa, pois a obesidade está aumentando e acreditamos que essas crianças, quando adultas, vão formar uma geração de obesos”, pontua.

Produtos naturais. Amely Degraf destaca a necessidade da criação de ações que impeçam as crianças de terem acesso a esse tipo de alimento. “Mais importante que isso é preciso de ação nutricional nas escolas, com os familiares e crianças. Não adianta o pai querer trocar o refrigerante do filho por um suco de caixinha que, às vezes, tem mais açúcar e faz mais mal do que o próprio refrigerante. É preciso sempre optar pelo produto natural, que é mais saudável”, finaliza. 

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