CIDADE

SRU realiza campanha para orientar produtores sobre a cama de frango

Sua utilização como alimento de ruminantes é proibida desde 1996 e regulamentada pelo Ministério da Agricultura em 2004

Thassiana Macedo
Publicado em 27/06/2016 às 07:50Atualizado em 16/12/2022 às 18:20
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 Sindicato Rural de Uberaba (SRU) promove nova campanha de orientação para produtores quanto ao aproveitamento da cama de frango nas propriedades da região. A utilização como alimento de ruminantes já é proibida desde 1996, e regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2004, porém a entidade orienta que o produto pode servir como excelente adubo orgânico.

A cama de frango é um material composto principalmente por palha de arroz e serragem que se misturam com fezes, urina, restos de ração e penas das aves, caracterizando um produto de origem animal assim como produtos que contenham proteína ou gordura de origem animal, como farinha de sangue, de carnes e ossos, resíduos de açougue, dejetos de suínos, sangue e derivados, entre outros.

No entanto, segundo o zootecnista do SRU, Carlos Eduardo de Oliveira Cunha, a utilização destes subprodutos na alimentação do rebanho pode levar o produtor a responder criminalmente por infração às leis federais, além de colocar em risco a sanidade do rebanho nacional e a saúde pública, e ter que sacrificar todos os animais que tiverem acesso ao alimento proibido. Com o aumento do custo da alimentação do gado, esta tem sido uma das alternativas usadas por alguns criadores. Porém, entre as doenças que podem ser transmitidas pela cama de frango estão o Botulismo e a Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como doença da “Vaca Louca”.

Para ter mais eficiência na produção das propriedades da região, o zootecnista informa que há outros meios de aproveitar a cama de frango sem infringir a legislação, que proíbe a destinação do produto como alimentação dos animais, utilizando-o como adubo orgânico. “O ideal é unir o adubo químico com o orgânico para ter uma melhor eficiência e assimilação da plantação, sendo que o adubo químico tem uma resposta imediata e curta, enquanto o orgânico obtém uma resposta prolongada e lenta de liberação dos nutrientes. Visando resultados econômicos para a propriedade, o produtor precisa sempre adubar para melhorar sua produtividade, conforme a amostra de solo ou a amostra folhear da plantação”, esclarece.

Orientações podem ser obtidas diretamente no Sindicato Rural de Uberaba (SRU) através do telefone 3334-6500. É possível agendar uma visita técnica aos criadores interessados em outras informações.

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