CIDADE

Empresas dizem que mais de 30% não pagam o transporte coletivo

Atualmente, mais de um milhão e 800 mil pessoas utilizam o transporte coletivo urbano por mês em Uberaba. Desses, mais de 30% são usuários gratuitos

Letícia Morais
Publicado em 29/05/2016 às 16:47Atualizado em 16/12/2022 às 18:42
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Foto/Jairo Chagas

Atualmente, mais de um milhão e 800 mil pessoas utilizam o transporte coletivo urbano por mês em Uberaba. Desses, mais de 30% são usuários gratuitos. Os dados são do presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo de Uberaba, Rodrigo Oliveira. “Nesses números ainda não estão contabilizados os usuários que burlam a catraca e entram sem pagar, cujo levantamento estamos fazendo”, explicou.

Atualmente, a legislação garante gratuidade a idosos com mais de 60 anos e aos portadores de deficiência, o que soma cerca de 540 mil passageiros por mês. As concessionárias ainda não têm o cálculo da evasão do sistema, com usuários que burlam a catraca.

Na cidade não há legislação que puna os infratores. No entanto, o superintendente de Transporte Público, Claudinei Nunes, afirma que a evasão no sistema é alta. “O número que passa pela catraca é importante para o planejamento. A partir do momento em que o ônibus não tem a capacidade total representada no sistema, não colocamos mais carros nas ruas. Se a capacidade está cheia, refazemos a programação de horários e colocamos mais ônibus em circulação”, afirma o superintendente.

Em Curitiba (PR), os vereadores aprovaram um projeto de lei que determina multa de R$185 para quem for flagrado pulando as roletas sem pagar. O valor da multa corresponde a 50 tarifas do transporte curitibano. Ainda, se o usuário for reincidente, o custo será de R$370, de acordo com a tarifa atual.

Questionado se a proposta seria uma alternativa para o problema na cidade, Rodrigo disse que sim e destacou que será feito o levantamento dos dados da evasão no transporte coletivo e levado às autoridades. “Já levamos algumas informações, mas ainda não se sabe qual será a receptividade da PMU. Precisamos de fiscalização mais intensa no sentido de coibir essas ações”, avalia.

Por fim, Oliveira pontua que são necessários mais investimentos ao transporte público. “Precisamos de políticas públicas que reduzam o custo do combustível, das peças dos ônibus e das folhas de pagamento. Não existe benefício para a empresa de transporte, mas sim para o usuário. Tudo o que for necessário para melhorar o sistema iremos apoiar e ir atrás”, garante.

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