CIDADE

Uberaba registra redução no número de doadores de órgãos

Conforme dados divulgados em jornal em nível nacional na última semana, Minas Gerais registrou a maior redução do País, com a queda de 19,6%

Publicado em 23/05/2016 às 08:37Atualizado em 16/12/2022 às 18:47
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De acordo com o médico Ilídio Antunes, a única forma de mudar essa realidade é com a conscientização

Uberaba segue média estadual e, também, registra redução na doação de múltiplos órgãos. Conforme dados divulgados em jornal em nível nacional na última semana, Minas Gerais registrou a maior redução do País, com a queda de 19,6%. Em Uberaba a situação não é diferente e, também, houve redução no número de doadores; a negação chega a ser de 50%.

De acordo com o coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIH-DOTT) do Hospital de Clínicas, Ilídio Antunes de Oliveira Júnior, com as ações de conscientização desenvolvidas, como no projeto Vida Pela Vida, houve crescimento no número de doadores desde o início do projeto, mas nos últimos 12 meses a queda foi expressiva. “Registramos uma recusa de 45% a 50%. Isso por que um dos membros da família não aprovou a doação. Mesmo com todo o restante dizendo que sim, se apenas um negar, a doação não é feita”, explica.

Além disso, Ilídio destaca que não é em todo caso de morte encefálica que a doação pode ser realizada. Às vezes são pacientes que faleceram por conta de doenças infectocontagiosas, com infecção generalizada, câncer, entre outras situações em que há contraindicação mádica. Normalmente, os órgãos são captados em casos de pacientes que tiveram AVC, traumatismo cranioencefálico, pessoas que são surpreendidas em acidentes. Estes na maioria são saudáveis e podem doar, mas ainda existe a recusa de alguns.

“No Brasil a decisão é da família, mas, se a pessoa se manifestar em vida, é diferente; todos que desejam ser doadores devem avisar. Quando isso acontece, confesso que nunca tive uma recusa, mas, quando a negação vem da família, na maioria das vezes, há desentendimento entre os familiares”, revela Ilídio.

A única forma de mudar essa realidade, segundo o coordenador, é a conscientização, fazer valer o altruísmo e a solidariedade de cada um. Inclusive, recentemente, foi aprovado um projeto na Câmara Municipal que insere o município na Campanha Setembro Verde, em que são intensificadas as ações de conscientização para a doação de órgãos. E vale lembrar que, durante todo ano, são promovidas atividades nesse sentido. 

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