Nos últimos meses tem aumentado o número de furtos de gado em fazendas e, na maioria dos casos, os animais são levados para o abate e a carne acaba vendida de forma clandestina
Foto/Arquivo
Nos últimos meses tem aumentado o número de furtos de gado em fazendas e, na maioria dos casos, os animais são levados para o abate e a carne acaba vendida de forma clandestina, sem autorização dos órgãos responsáveis. E o consumidor deve ter cuidado, pois pode estar comprando produto sem procedência.
Durante a inspeção de rotina nos açougues, os fiscais da Vigilância Sanitária realizam um procedimento de checagem sobre a procedência da carne vendida nos estabelecimentos. “Porém, já percebemos que existem formas de burlar a fiscalização. Por isso, a população deve ter cuidado”, explica o diretor de Vigilância em Saúde, Nelson Rannieri.
Portanto, para garantir a compra de uma carne adequada, Nelson destaca que o consumidor deve ficar atento ao carimbo de inspeção, pois o produto tem que ter passado pela vistoria. “No momento da compra esse carimbo já não existe mais, porém o consumidor pode exigir do proprietário o certificado, comprovando que ela vem de um abate autorizado. Além disso, pode levar em consideração fazer a compra em locais de confiança. Fisicamente, não é possível perceber que se trata de uma carne clandestina, ela tem a mesma aparência que outras, a não ser que esteja deteriorada”, explica o diretor.
Além disso, Nelson revela que a população também pode ajudar com denúncias. Algumas já foram feitas na Visa, quando os vizinhos percebem uma movimentação diferente e acionam os fiscais para vistoria. Por outro lado, Nelson lembra que já existe uma investigação, por parte da Polícia Civil, sobre o abate clandestino, e a Visa vai promover uma ação conjunta com os órgãos de segurança do município na tentativa de desenvolver operações especiais direcionadas aos estabelecimentos onde há suspeita de comercialização de carne clandestina.