Leitos disponíveis não são suficientes para internar paciente de UPA

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Conforme informações obtidas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, existem 1.096 leitos no município de Uberaba, sendo que 718 são leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentro deste total destinado ao SUS, 120 leitos são do Sanatório Espírita de Uberaba. Ainda são disponibilizados 40 leitos para tratamento oncológico no município, sendo 35 destinados ao SUS, onde 36 ficam para o Hospital Dr. Hélio Angotti (31 SUS) e os outros quatro vão para o Hospital de Clínicas da UFTM, prestador que é 100% SUS.

O coordenador da Central de Regulação de Leitos em Uberaba e macrorregião, José Natal França, explica que não há leitos o suficiente para internar os pacientes que estão aguardando nas unidades de pronto-atendimento. “Essa é a nossa grande dificuldade. A quantidade suficiente para atender a uma demanda das UPAs de Uberaba seria em torno de 200 leitos”, considerou.

O coordenador afirma que a responsabilidade de fornecer leitos em Uberaba é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e que, atualmente, existem mais de 140 pacientes aguardando nas UPAs a liberação de um leito nos hospitais. “Agora são 12 pacientes com risco maior, outros 97 com risco menor, seis solicitações para CTI, além dos casos que vão surgindo”, explica José Natal França. Vale destacar que esse número varia, haja vista que os dados são atualizados regularmente com o surgimento de novos casos clínicos.

Inauguração do Hospital Regional ajudaria a desafogar o sistema de saúde. Questionado sobre o tempo médio que os pacientes têm esperado para conseguir um leito, José Natal França analisa como variável, considerando os diversos casos graves que têm preferência na escolha da vaga. “Os pacientes muito graves são classificados de acordo com o Protocolo de Manchester. Hoje a espera está em torno de dez dias, às vezes até mais, depende do momento e do número de patologias que caem no sistema, além da rotatividade dentro do hospital”, avaliou. O coordenador da Central de Regulação de Leitos considera que a inauguração do Hospital Regional ajudaria a desafogar o sistema de saúde. “Estamos aguardando há quatro anos a inauguração do hospital. Serão 160 novos leitos. Hoje, a nossa dificuldade não é com a alta complexidade, mas sim com a média, que estrangula o sistema”, afirma.