Hospital da Criança apresenta déficit de R$100 mil por mês

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O Hospital da Criança é um dos poucos pediátricos do país que ainda estão em funcionamento

Hospital da Criança também enfrenta dificuldades financeiras. Assim como os demais que atendem pelo Sistema Único de Saúde, o Hospital da Criança está com problemas econômicos, com um déficit mensal de R$100 mil, sendo R$40 mil na folha de pagamento dos funcionários.        

De acordo com a vice-diretora clínica, Ana Paula Bosi Ferreira, a situação da instituição é um pouco pior que as das demais, pois são poucos hospitais pediátricos do país que ainda estão em funcionamento. Por ser considerado de baixo custo, o repasse de verba é menor, e por isso muitos não conseguem se manter e fecham as portas. Os poucos que ainda existem, diante desta situação, estão com alta demanda e com muitos gastos.

“Atendemos toda a região, inclusive municípios de outros estados, como Igarapava. O que recebemos são valores defasados. A tabela do SUS há muito tempo não é reajustada, recebemos o valor de R$223 mil por mês. E a Secretaria Municipal de Saúde repassa a quantia de R$150 mil para manutenção do pronto atendimento, também sem reajuste há anos. Enquanto isso, os preços aumentam, a manutenção, o custo, os salários, enfim tudo está mais caro, e o que recebemos não mudou de valor, por isso o déficit”, diz.

Neste sentido, a diretora destaca que qualquer ajuda é bem-vinda, empresas ou pessoas físicas que queiram fazer doações podem procurar o hospital. Inclusive recentemente um empresário que possui clínica de vacinação fez proposta de repassar uma porcentagem do faturamento da empresa ao hospital. Os departamentos jurídicos da empresa e do Hospital ainda devem formalizar a proposta, definindo porcentagem, prazo, entre outros aspectos.

A Secretaria Municipal de Saúde também vem auxiliando a instituição na busca de recursos. De acordo com nota da assessoria de imprensa, foi enviado ao Governo Estadual um ofício solicitando que o hospital seja incluído no Pro-Hosp e passe a receber verba. Já com relação ao repasse mensal de R$150 mil, neste caso não há previsão de reajuste.