CIDADE

Casos de raiva animal alertam para a necessidade de vacinar os rebanhos

Geórgia Santos
Publicado em 11/10/2015 às 14:05Atualizado em 16/12/2022 às 21:51
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Sindicato Rural de Uberaba e Instituto Mineiro de Agropecuária alertam produtores para novos casos de raiva na região. No município de Conceição das Alagoas, recentemente, foram constatadas várias mortes devido à doença. Em Uberaba, o último registro foi feito em agosto. Assim, é preciso cuidado, pois esta é uma doença transmissível ao homem.

De acordo com o médico veterinário do Sindicato Rural de Uberaba, Domingos Sávio Guerra Pedroso, o vetor de transmissão da raiva é o morcego e ele pode percorrer um raio de até 30km. Além de passar a doença para bovinos, também transmite para outros morcegos, proliferando o vírus. “Percebemos que nas propriedades que existem morcegos, que normalmente ficam em construções antigas, já morreram animais com a raiva, conforme comprovado em exame histopatológico. Por isso, precisamos informar os produtores sobre a situação e como agir”, explica.

Portanto, a melhor forma de evitar a doença é a prevenção, através da vacina, que, segundo Sávio, não é cara e as doses são acessíveis. “A imunização é a melhor medida, pois se for detectada a doença, a morbidade é 100%, não há mais o que fazer, o animal que pega a raiva normalmente morre. E com certeza um animal que se perde na fazenda tem um custo alto, daria para vacinar todo o rebanho por muitos anos”, enfatiza o veterinário.

O Instituto Mineiro de Agropecuária é o órgão responsável pelo controle de morcegos hematófagos na região e, segundo Deise Macedo, chefe do Esec/IMA, os casos de raiva vêm aumentando no último ano. “O IMA realiza trabalho de atendimentos a animais suspeitos com coleta de amostra laboratorial e intensificação das vistorias em abrigos cadastrados e observamos o crescimento no número de morcegos hematófagos na região”, explica Deise, ressaltando que combate só é feito quando há a notificação.

Neste sentido, Sávio revela que muitos produtores não fazem essa notificação, apenas mantêm contato com o veterinário, realizam os procedimentos e não comunicam o IMA, nem mesmo fazem o exame. “Por isso, quando aparecem casos de raiva, quer dizer que doença está mais disseminada do que parece”, destaca o veterinário.

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