CIDADE

Novo exame para hepatite C passa a ser oferecido pela saúde pública

Novo exame para avaliar o grau de comprometimento do fígado dos pacientes com hepatite C está sendo incorporado ao SUS

Thassiana Macedo
Publicado em 11/10/2015 às 14:01Atualizado em 16/12/2022 às 21:51
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Novo exame para avaliar o grau de comprometimento do fígado dos pacientes com hepatite C está sendo incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Elastografia Hepática Ultrassônica integra o novo Protocolo Clínico e de Diretrizes Terapêuticas da Hepatite C, publicado neste ano. A portaria nº 47, que estabelece a incorporação na rede pública de saúde, foi publicada no Diário Oficial da União.

De acordo com a médica gastroenterologista do Hospital de Clínicas da UFTM, Geisa Perez Medina Gomide, Uberaba ainda não tem um aparelho, mas já existe promessa do Estado de enviar um à instituição, que é referência no tratamento da doença na região. “A Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) tem os aparelhos itinerantes. Em julho, um deles veio para Uberaba e foram realizados 60 exames, dos quais 41% dos pacientes tiveram diagnóstico de fibrose grave ou cirrose, e, em breve, já devem iniciar o tratamento gratuito. A SBH deu o treinamento para o médico Gustavo Almeida do HC/UFTM e enviou o aparelho”, afirma a especialista.

De acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de um procedimento seguro, indolor e não invasivo, eficaz e efetivo para diagnóstico e definição do estágio da fibrose hepática, quando comparada à biopsia hepática, atual padrão de diagnóstico, pois possui altos níveis de sensibilidade e especificidade. “É o melhor método para avaliação de fibrose hepática, o que já está cientificamente provado. Além disso, o exame agilizou muito o diagnóstico, pois substituiu a biopsia hepática, que é um procedimento invasivo. Todos os portadores de doenças hepáticas que levam à cirrose vão se beneficiar, mas, mais precisamente os portadores de hepatites, cujos casos são mais pesquisados”, esclarece Geisa.

A previsão é que o novo exame esteja disponível para os usuários do SUS em até 180 dias. Esta terapia, que reduziu a duração do tratamento de 48 para 12 semanas, apresenta taxa de cura de aproximadamente 90%.

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