Professores da UFTM voltam ao trabalho a partir do dia 16 de outubro. Decisão foi tomada por ampla maioria em assembleia Geral, convocada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Aduftm-Ssind). Porém, comissão de mobilização foi formada para manter a mobilização da categoria em prol da pauta local.
Foram 42 votos favoráveis ao encerramento da greve, 29 pela continuidade, e três abstenções. Em seguida foi votada a saída unificada, conforme proposta do Andes/Sindicato Nacional, quando foram 34 votos favoráveis a esta alternativa, e 26 pela permanência, com sete abstenções. Em seguida foi votada a data da saída unificada.
Segundo o presidente da Aduftm, Fernando Seiji, as decisões do Andes em relação ao movimento em torno das demandas nacionais continuam com apoio da associação. “A negociação em âmbito nacional está muito difícil. O Andes tentou ser atendido no MEC várias vezes, para que pelo menos escutassem as nossas reivindicações, mas eles não atenderam nenhuma vez. Fizeram uma contraproposta com valor de 10,8% de reajuste dividido em dois anos, o que foi rejeitado pela categoria, já que não chegam perto da correção inflacionária. Considerando que MEC não quis discutir a questão da verba para as universidades, a repressão da polícia e o tempo em greve, bem como embora as aulas estejam paralisadas, as atividades da pesquisa e extensão continuaram, tudo isso causou desgaste”, explica o dirigente.
Seiji ressalta ainda que apesar da saída unificada da greve, a mobilização irá continuar. Uma plenária com a reitora e pró-reitoria de Recursos Humanas está marcada para o dia 14, quarta-feira, no sentido de avançar nas discussões sobre a demanda local e a comissão formada em assembleia deve definir o novo calendário de ações e mobilização. O presidente da associação dos docentes ressalta que acaba de ser protocolado na Câmara dos Deputados e no Congresso, um pedido de apoio para que parlamentares barrem as PECs, como a que regulariza a cobrança das pós-graduações lato senso e a que suspende a contratação de novos servidores pelos próximos quatro anos.