CIDADE

Mensalidades escolares deverão ter reajuste de 10% em 2016

Escolas particulares de ciclo básico em Uberaba, ou seja, ensinos infantil, fundamental e médio, devem reajustar as mensalidades em torno de 10% em 2016, conforme estimativa do Sinep/TM

Thassiana Macedo
Publicado em 07/10/2015 às 08:12Atualizado em 16/12/2022 às 21:55
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Foto/Reprodução

Átila Rodrigues, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Triângulo Mineiro

As escolas particulares de ciclo básico em Uberaba, ou seja, ensinos infantil, fundamental e médio, devem reajustar as mensalidades em torno de 10% em 2016, conforme estimativa do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Triângulo Mineiro (Sinep/TM). O aumento segue projeção da planilha com os cálculos de custos a ser fechada pelo setor até o dia 15. O reajuste leva em conta a inflação acumulada dos últimos 12 meses, conforme o INPC de 9,88%, e previsão de aumento do salário mínimo de 9,83% para 2016.

A presidente da entidade, Átila Rodrigues, diz que a planilha é calculada com base nos investimentos em educação e os custos fixos das escolas. “Como a escola é um segmento de prestação de serviço, o que mais pesa na formação dos nossos preços é a folha de pagamentos, e em consequência também dos tributos. Em segundo lugar, entram o desenvolvimento do projeto pedagógico e estrutura física. Acontece que o segmento é difícil de se avaliar. Não tem como definir enxugamento de custos, pois não podemos comprometer a qualidade. Não podemos juntar muitas salas e nem deixar de reajustar o salário dos professores, pois compromete a qualidade”, frisa.

Átila afirma que, em função da crise, a inadimplência no setor cresceu. E, a exemplo do resto da economia, as escolas podem enfrentar dificuldades para absorver esse reajuste sem repassá-lo. “Até agosto ela tinha crescido cerca de 50% proporcionalmente ao ano de 2014. No mês de setembro, nós já estamos com um aumento médio de 100% na inadimplência, na comparação com o ano passado. Escolas que tinham índice de 7% de inadimplência já estão computando, em setembro, cerca de 14% de inadimplência”, alerta.

A presidente do sindicato ressalta ainda que outro problema enfrentado pelo setor tem sido a evasão escolar. Questionada sobre a possibilidade de essa evasão resultar em desemprego no setor, a dirigente afirma que é muito cedo para avaliar, pois o índice ainda não é expressivo no ciclo básico, mas é significativo no ensino superior em razão da instabilidade do Financiamento Estudantil (Fies).

O índice real só poderá ser conhecido no período de rematrícula. Segundo Átila Rodrigues, no ensino infantil, onde funciona o sistema de ensino integral, estima-se uma evasão de 5%, que pode significar a saída da escola ou a transformação do ensino integral em parcial.

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