CIDADE

Cerca de 150 funcionários aderem à greve do Hélio Angotti no 1º dia

Grevistas distribuíram lista com os salários de todos os funcionários da instituição e criticaram a discrepância dos vencimentos de ocupantes de cargos mais altos

Geórgia Santos
Publicado em 02/09/2015 às 18:10Atualizado em 16/12/2022 às 22:29
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Fot Neto Talmeli

Funcionários do Hospital Hélio Angotti se reuniram ontem pela manhã na porta da instituição e pediram a substituição da direção

Mais de 150 funcionários do Hospital Dr. Helio Angotti cruzaram os braços no primeiro dia de greve. A categoria está insatisfeita com cortes promovidos pelo hospital para contenção de gastos. Ontem foi realizada manifestação na porta da unidade; o grupo pediu pela substituição da diretoria e questiona a discrepância dos salários pagos pelo hospital.

De acordo com o presidente do Sind-Saúde, Juny Júnior Guimarães, a direção do hospital realizou cortes em diversos benefícios sem a anuência do sindicado ou dos funcionários, por isso pedem mudanças. “Estão insatisfeitos com a diretoria, pois não promove a transparência adequada perante os trabalhadores e a população”, explicou Juny, ressaltando que a categoria não participa da escolha da diretoria, sendo esta umas das reivindicações do movimento.

O pedido dos grevistas foi para que fosse apresentado um plano, evitando cortes em benefícios e sem demissões, diante da remuneração de alguns funcionários do hospital. Durante a manifestação, foi divulgada uma lista revelando os salários praticados neste ano, que variam de R$788 (arrumadeira, copeira, escriturário, serviços gerais e os agentes de vendas da área azul) a R$21.288,93 (diretor administrativo e financeiro).

“Essa é uma lista que recebemos anualmente para negociações salariais no período da data-base. Nunca divulgamos, pois entendemos que não era necessário, mas agora os funcionários acham importante que todos saibam. A categoria enfrenta problemas nos pagamentos há muito tempo, mas sempre aceita a situação, diante das dificuldades financeiras; porém, é inadmissível que os cortes permaneçam sempre nos salários mais baixos, enquanto que nos demais nada acontece”, frisou o sindicalista.

A técnica de enfermagem, Iranilda da Silva, estava entre os manifestantes que foram demitidos na última sexta-feira (29). De acordo com ela, os funcionários não têm de pagar por uma dívida que não contraíram. “Os mais de 40 funcionários foram demitidos sem aviso prévio; estou preocupada, não tenho outro vínculo trabalhista e tenho minhas obrigações financeiras, e nem mesmo sabemos como vão pagar os acertos”, afirmou Iranilda.

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