CIDADE

Trabalhadores do Hélio Angotti confirmam greve a partir de hoje

Está marcada para hoje, às 7h, manifestação silenciosa na porta da unidade na rua Governador Valadares. A categoria reivindica a retomada dos benefícios que foram cortados

Geórgia Santos
Publicado em 01/09/2015 às 08:32Atualizado em 16/12/2022 às 22:30
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Fot Neto Talmeli

Funcionários do Hospital Dr. Hélio Angotti realizaram assembleia e hoje iniciam greve com ato na porta da unidade

Começa nesta terça-feira (1°), por tempo indeterminado, greve de trabalhadores do Hospital Dr. Hélio Angotti. Está marcada para hoje, às 7h, manifestação silenciosa na porta da unidade na rua Governador Valadares. A categoria reivindica a retomada dos benefícios que foram cortados pela administração. Chegou-se a anunciar apenas uma paralisação até o dia 7 de setembro, mas o comunicado de greve à direção do hospital não estabelece prazo.

“Os funcionários estão insatisfeitos com as medidas adotadas pelo hospital em retirar os benefícios conquistados há anos. Cortaram a assiduidade, gratificação, houve a redução do adicional noturno e o plano de saúde. Além disso, a categoria sempre teve problema para receber os salários mensais, que normalmente não são pagos no quinto dia útil, sempre com atraso. E agora, alegando uma crise financeira, fizeram estes cortes, inclusive de funcionários, com demissões que começaram na semana passada”, explica o presidente do Sind-Saúde, Juny Júnior Guimarães.

Quanto às demissões, Juny revela que foram 40 funcionários dispensados. Contudo, vale lembrar que segundo informações repassadas pelo diretor do hospital, José Carlos de Almeida, ao Jornal da Manhã, ao todo deverão ser 52 demissões, o que leva à conclusão de que mais algumas deverão ocorrer. “O que nos preocupa não é apenas a insatisfação de ser demitido, mas ainda o acerto financeiro a partir da rescisão. Se existe problemas financeiros no hospital, como irão pagar as rescisões trabalhistas?”, questiona.

Diante de toda  insatisfação, a greve foi deflagrada em assembleia com mais de 240 trabalhadores. Juny garante que o comunicado já foi feito aos órgãos relacionados, como a Promotoria de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público do Trabalho e à Superintendência do Trabalho. O sindicalista destaca que o movimento vai seguir a legislação prevista na Constituição Federal e respeitar a Consolidação das Leis do Trabalho, a partir do índice mínimo de funcionários trabalhando, que é de 30%.

“Neste primeiro ato, estaremos concentrados na porta do hospital, na rua Governador Valadares. Inclusive, diante do movimento intenso do trânsito desta via, solicitamos o apoio da Guarda Municipal para evitar transtornos”, afirma Juny, que ainda destaca a presença do presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos em Serviços de Saúde de Minas Gerais (Feessemg), Rogério Fernandes, na manifestação.

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