Em assembleia, os trabalhadores decidiram realizar paralisação entre os dias 1º e 7 de setembro, diante da insatisfação das medidas adotadas pelo hospital para contenção de gastos
Direção do Hospital Dr. Hélio Angotti diz que está aberta para negociação com funcionários. Em assembleia, os trabalhadores decidiram realizar paralisação entre os dias 1º e 7 de setembro, diante da insatisfação das medidas adotadas pelo hospital para contenção de gastos, com cortes em benefícios e demissões, que, inclusive, começaram ontem.
O diretor do Hospital Dr. Hélio Angotti, José Carlos de Almeida, não nega que vê com preocupação o movimento de paralisação anunciado pelos funcionários, porém compreende que é um direito do trabalhador. “Temos um bom diálogo com o sindicato e o que estamos fazendo é seguir orientações da Secretaria Estadual de Saúde, para que fossem feitos cortes e diminuídos os custos da folha de pagamento. Fizemos um estudo e determinamos algumas medidas necessárias”, explica José Carlos, ressaltando que é necessário um corte de R$400 mil por mês nas despesas com pessoal.
Portanto, segundo o diretor, houve suspensão de gratificações, assiduidade e, ainda, começaram as demissões. Ao todo serão 52 funcionários dispensados de vários setores, como apoio, administrativo e área de enfermagem. A medida aconteceu por meio do critério de meritocracia. “Estamos evitando as demissões, por isso realizamos os cortes. Estamos à disposição para conversar e negociar, o sindicato vai nos procurar na semana que vem e estaremos de portas abertas. Contudo, é preciso enfatizar que existe um valor que deve ser cortado para que não haja situações piores, assim, isso deve ser levado em consideração”, afirma.
Para finalizar, o diretor lembra que as dificuldades financeiras do hospital estão relacionadas ao período de crise econômica que o país está enfrentando e à necessidade de melhorar a contratualização com o município. Hoje, o hospital recebe a quantia fixa de R$295 mil por mês na média complexidade, contudo, seria necessário um valor de cerca de R$1,75 milhão para ser compatível com o que é atendido.