Funcionários do Hospital Dr. Hélio Angotti realizam paralisação no dia 1° de setembro. A medida foi definida em assembleia realizada ontem na sede do hospital, quando 243 trabalhadores aprovaram a paralisação até o dia 7 de setembro, quando será realizada reunião com a administração e, caso as negociações não avancem, será deflagrada greve.
De acordo com o presidente do Sind-Saúde, Juny Júnior Guimarães, o motivo da paralisação são cortes feitos pelo hospital nos benefícios dos trabalhadores. “Sabemos que a instituição passa por dificuldades financeiras há anos, e em 2015, com a crise econômica, a situação ficou pior e a administração decidiu cortar na ‘carne’ benefícios conquistados pelos funcionários, que foi a assiduidade, as gratificações, o plano de saúde, e diminuiu ainda o valor do adicional noturno. O grupo não aceitou a medida e decidiu pela paralisação na próxima semana”, explica Juny.
Contudo, vale ressaltar que o movimento não foi definido sem negociação. O presidente do Sind-Saúde revela que houve conversa com a administração do hospital, quando explicaram os motivos, mas não houve avanços, e, por isso, os diretores sabem da insatisfação dos trabalhadores e serão comunicados oficialmente sobre a paralisação. Juny revela que também serão notificados os seguintes órgãos: Promotoria de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público do Trabalho e a Superintendência do Trabalho. “Vamos seguir a legislação prevista na Constituição Federal e respeitar a Consolidação das Leis do Trabalho”, diz.
Vale lembrar que em caso de greve na área de saúde é preciso respeitar um índice mínimo de funcionários trabalhando no hospital. O percentual é de 30% para a manutenção do serviço. De acordo com o Juny, este índice será respeitado, inclusive a intenção é deixar ainda mais trabalhadores na ativa, ao menos 40% a 50%, para não gerar tantos transtornos à população. “Teremos uma escala de pessoas trabalhando”, afirma.
Por meio da assessoria de imprensa, o Hospital Dr. Hélio Angotti informou que a direção da entidade se reuniria na noite de ontem para avaliar a decisão dos colaboradores e Sind-Saúde, definida em assembleia. A nota ressalta que entre os diretores estão médicos que, durante o dia de ontem, estavam empenhados em cirurgias e outros procedimentos que envolvem o atendimento aos pacientes. Hoje a assessoria encaminha posicionamento da direção sobre o assunto.