Proposta de reajuste salarial realizada pelas empresas de transporte coletivo que atuam na cidade não satisfez categoria dos motoristas de ônibus. Diante do pedido inicial da classe, de 15%, a Líder e a Piracicabana fizeram contraproposta de 7,5%, já recusado pela categoria. O sindicato dos motoristas, no entanto, tenta chegar a um meio termo para evitar greve dos trabalhadores.
Lutério Antônio Alvez, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Uberaba e Região aponta a dificuldade em renegociar a remuneração devido à crise. “Não só a nossa categoria, mas todas as categorias têm encontrado dificuldade em negociar o salário, mas nós vamos buscar o que é melhor para o trabalhador”, disse.
Além do salário, os motoristas ainda buscam melhorias nas escalas de serviço e adição do ticket de alimentação extra. A resposta da empresa não correspondeu ao pedido dos trabalhadores, que alegam ser o reajuste de 7,5% inferior até mesmo ao aumento do índice de inflação, que é de 9,71%.
Por enquanto, a possibilidade de greve é descartada por Lutério, mas ele lembra que se necessário os trabalhadores farão valer o seu direito. “Se precisar utilizar, nós vamos utilizar, mas acho que não será preciso. Nós ainda podemos pedir um dissídio coletivo e, geralmente, a Justiça não coloca o reajuste abaixo do índice de inflação”, analisa.