CIDADE

Terapia que aumenta chance de cura da hepatite C chega ao SUS até dezembro

A expectativa é beneficiar pelo menos 30 mil pessoas portadoras da doença

Thassiana Macedo
Publicado em 31/07/2015 às 16:47Atualizado em 16/12/2022 às 23:03
Compartilhar

Nova terapia que aumenta as chances de cura e reduz o tempo de tratamento aos pacientes com hepatite C estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) até dezembro deste ano. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento é composto pelos medicamentos Daclatasvir, Simeprevir e Sofosbuvir. A expectativa é beneficiar pelo menos 30 mil pessoas portadoras da doença.

As novas medicações vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos ofertados antes, como portadores de coinfecção com o HIV, cirrose descompensada, pré e pós-transplante e pacientes com má resposta à terapia com Interferon, ou que não se curaram com tratamento anterior. Pacientes que já tratam com Boceprevir e Telaprevir não serão prejudicados e receberão os medicamentos até o final do tratamento.

De acordo com a chefe da Divisão de Gestão do Cuidado do Ambulatório Maria da Glória (UFTM), médica gastroenterologista Geisa Perez Gomes Medina, os novos medicamentos já são usados em países da Europa e nos Estados Unidos há pelo menos 18 meses. “Os resultados são excelentes, pois atingem 90% de cura em três meses de tratamento, sem os efeitos colaterais que os remédios anteriores causavam. Inicialmente, o Ministério da Saúde quer tratar primeiro quem tem cirrose ou está próximo de desenvolver a doença. Porém, nós queremos tratar todos os portadores de hepatite C. Vamos trabalhar junto às Sociedades Médicas para atingirmos este objetivo, porque não queremos deixar ninguém para trás”, destaca.

A médica Geisa Perez ressalta que, em Uberaba, um terço dos pacientes com diagnóstico positivo já está em fase avançada da doença e por isso desenvolveu cirrose ou câncer de fígado. Isto ocorre porque a maioria das pessoas só percebe que estão doentes anos após a infecção.

Em razão disso, ela alerta para a necessidade de exame para pessoas com mais de 40 anos, que sofreram lesões com objetos não esterilizados, usuários de drogas que compartilharam seringas, indivíduos que receberam transfusões de sangue antes de 1992, quem fez tatuagem ou colocou piercing sem equipamento descartável e que compartilha alicate de unha e aparelho de barbear.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por