CIDADE

Resíduos do bagaço da cana causam transtornos a moradores de Delta

O problema acontece o ano todo; além de sujeira, o pó branco causa incômodos para a respiração, obrigando a pessoa a recorrer a máscaras

Geórgia Santos
Publicado em 05/07/2015 às 13:35Atualizado em 16/12/2022 às 23:26
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Moradores de Delta se sentem incomodados com resíduos de bagaço de cana-de-açúcar. O problema acontece durante todo ano e fica pior no inverno, com o tempo seco e o aumento da velocidade dos ventos. Além de sujeira, o pó branco causa incômodos para a respiração, fazendo com que algumas pessoas tenham de recorrer a máscaras. 

A engenheira ambiental Giovana Andrade Assunção mora em Delta há três anos e, desde que chegou à cidade, convive com o incômodo. “Estou aqui há poucos anos, mas meus vizinhos, que moram há mais tempo na cidade, relatam que esse problema sempre existiu. Uma situação desconfortável para todos e que gera preocupação, sobretudo quanto à saúde”, explica.

Os resíduos também causam muita sujeira. A varanda fica tomada pelo pó branco. Os móveis podem sujar, se a casa não estiver fechada. Até mesmo as plantas que ficam do lado de fora ficam muito empoeiradas. “Algo precisa ser feito, isso não é certo. Para caminhar na rua, alguns moradores usam capuz, e outros, máscara, pois essa situação é insuportável. Várias pessoas fizeram reclamações na Secretaria de Meio Ambiente e a resposta que recebemos é de que o assunto já foi tratado com as empresas”, explica a engenheira.

O secretário municipal de Meio Ambiente de Delta, Luís Carlos Quirino, confirma o posicionamento. Ele esteve nas usinas da região (uma delas na cidade de Igarapava, do outro lado do Rio Grande) para levar a reclamação e os empresários garantiram que medidas serão adotadas.

“Compreendo esse transtorno, pois também sou um morador de Delta e, portanto, convivo com ele. Em conversa com representantes de uma das usinas, recebi a informação de que, no ano que vem, haverá investimentos para evitar o incômodo, mas pedi que adotassem medidas paliativas para amenizar o transtorno neste momento. As usinas não soltam essa poeira no ar, o que acontece é que são formados montes de bagaço da cana e, com o vento, se espalham, por isso solicitei que molhassem esses montes”, explica.

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