Crea Minas realiza processo de fiscalização sobre a atuação de geógrafo em todo o Estado. As possibilidades de atuação deste profissional, tanto no bacharelado quanto na licenciatura, têm gerado um conflito na atribuição de cada segmento. Diante dos riscos, será promovido trabalho cujo principal objetivo é a orientação. Os fiscais serão treinados para isso.
A prática técnica, que promove atividades como análises socioeconômicas, geomarketing, planejamento urbano e rural, zoneamento econômico-ecológico, atuação na área ambiental e geoprocessamento, é restrita ao profissional bacharel. No que se refere aos licenciados, as atribuições são voltadas para a educação. Porém, alguns atuam de forma irregular no mercado, entre eles os licenciados em geografia, exercendo funções técnicas e bacharéis que não possuem a carteira profissional.
“Isso é um risco, tanto para o licenciado, que não tem a formação técnica necessária para realizar estas atividades, como para o bacharel, que não possui registro no Crea. O resultado do trabalho fica comprometido”, conta a presidente da Associação de Profissionais Geógrafos de Minas Gerais, Grazielle Carvalho, destacando que hoje existem cerca de 1.300 geógrafos registrados no conselho. Por isso, a maioria dos profissionais não possui registro e atua no mercado de forma ilegal, o que é uma preocupação.
Para evitar a atividade ilegal da profissão, o Crea Minas vai iniciar um processo de fiscalização em todo o Estado com o objetivo de orientar estes profissionais. “A atual gestação do Crea vem promovendo essa fiscalização em todos os segmentos de forma mais assídua. Começamos pelo agronegócio e agora vamos também fiscalizar a ação dos geógrafos, pois verificamos que muitos licenciados estão atuando como bacharéis”, explica o diretor técnico e de Fiscalização do Crea Minas, Marcos Gervásio. Portanto, esse trabalho deverá ser promovido em empresas e órgãos públicos, mas, antes disso, os fiscais de todas as regionais serão treinados, inclusive os de Uberaba. “Depois que todos estiverem prontos, começamos a fiscalização na prática”, finaliza.