CIDADE

Vizinhos reclamam da construção de salão de festas no Nenê Gomes

De acordo com a comerciante e moradora Ludmila Naves, além dos transtornos com a obra, todos estão preocupados com o incômodo que o salão de festa vai gerar para a comunidade

Geórgia Santos
Publicado em 04/07/2015 às 08:15Atualizado em 16/12/2022 às 23:27
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Obra, segundo vizinhos, não obedece também normas, como a colocação de materiais de construção nas calçadas

Moradores reclamam da construção de salão de festa na avenida Sargento Wilson Damasceno, no bairro Nenê Gomes. De acordo com a comerciante e moradora Ludmila Naves, além dos transtornos com a obra, todos estão preocupados com o incômodo que o salão de festa vai gerar para comunidade, com eventos frequentes e som alto. Por isso, questiona a Prefeitura, que permitiu realização da obra sem mesmo promover um estudo de impacto de vizinhança, ouvindo a comunidade sobre o assunto.

“A construção teve início em novembro do ano passado e logo os incômodos começaram. Os tijolos ficam na calçada, assim como os montes de área obstruindo a passagem de pedestres, e não utilizam caçambas para recolher entulho ou lixo, nunca vi nem uma no local. Colocam fogo nos restos, gerando preocupações aos vizinhos, diante do risco de o fogo se alastrar”, explica.

Ludmila destaca que essa situação já foi repassada ao Departamento de Posturas para fiscalização, mas esta não é a principal preocupação. Todos temem os incômodos futuros com a construção deste salão. “Antes de tudo o barulho. Será inevitável em qualquer dia da semana. Com certeza, o nosso contato com a Patrulha do Silêncio será frequente; depois, os veículos estacionados na avenida, na porta das residências, isso é um incômodo, pois não haverá espaço para outros, como, por exemplo, para uma visita que vier à minha casa; e também tem a questão da segurança, esse movimento será um atrativo para roubos e este é um bairro isolado, ainda com terrenos vagos”, destaca.

Para tentar evitar que o salão fosse construído, os moradores fizeram reclamações na Secretaria de Planejamento, inclusive com abaixo-assinado, que contou com a participação de 300 moradores. Porém, não houve resultado, e o caso também foi levado à Justiça, mas, segundo Ludmila, o juiz disse que não havia provas suficientes que prejudicassem a obra.

Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa da Prefeitura através da Secretaria de Obras, o projeto desta obra foi aprovado conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo. A obra fica numa zona mista, que é preferencialmente para o uso de comércio e serviços, podendo ser também de uso residencial. Quando for feito o pedido de “Habite-se” será exigido o tratamento acústico do prédio, bem como o laudo de incêndio expedido pelo Corpo de Bombeiros. Ainda de acordo com informações encaminhadas, o fiscal do Departamento de Posturas, responsável pela área, deverá ir até o local para verificar as questões relativas à obra e se existe alguma irregularidade.

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