CIDADE

Fóssil de nova espécie de dinossauro é encontrado em obras de prédios

Geólogo Luiz Carlos Ribeiro explica que este é o achado mais importante desde que foram iniciadas as pesquisas paleontológicas em Uberaba

Thassiana Macedo
Publicado em 03/07/2015 às 17:13Atualizado em 16/12/2022 às 03:25
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Jairo Chagas

Pesquisadores do Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, da UFTM, preparam a retirada do fóssil

Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), apresentou novo fóssil encontrado em escavações de obra de conjunto de edifícios no bairro São Bento. Trata-se de achado inédito, pois análises sugerem que seja suficiente para descrição de grupo de dinossauro até hoje desconhecido. O caso é o primeiro a ser acompanhado tecnicamente com o intuito de preservar o patrimônio científico através do zoneamento de áreas paleontológicas na cidade. A obra continua normalmente, sem prejuízos às pesquisas.

Luiz Carlos Ribeiro, geólogo do complexo, explica que este é o achado mais importante desde que foram iniciadas as pesquisas paleontológicas em Uberaba, em 1945. “Essa camada geológica é diferente da prospectada em Peirópolis, sendo 10 milhões de anos mais antiga, sobre a qual quase não temos informação. Pela quantidade e diversidade de fósseis achados e pelo grau de preservação, teremos condições de avançar nos estudos e até de propor uma nova espécie de dinossauro, o que é de fundamental importância para a ciência”, afirma o pesquisador.

O achado, composto por esqueleto quase completo, seria retirado hoje, mas a medida foi adiada porque há possibilidade de haver mais do fóssil dentro da rocha. A área já está sendo acompanhada pelos técnicos do complexo há pelo menos seis meses e o geólogo acredita que o processo de retirada, estudo e descrição completa do fóssil esteja concluído em dois anos. Até o momento os técnicos já revelaram inseridas na rocha partes da cauda e da cintura escapular do dinossauro, tíbias, vértebras e costelas. Luiz Carlos Ribeiro espera encontrar o restante do esqueleto, que poderá incluir até mesmo material craniano.

A descoberta fortalece a constituição do Geoparque Uberaba - Terra dos Dinossauros do Brasil. Segundo Ribeiro, trata-se de projeto que visa a criar um parque chamado “O Cretáceo Uberaba”, com o objetivo de realizar a integração de todas as potencialidades turísticas de Uberaba em um modelo de desenvolvimento sustentável.

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