Comissão de empresários vai em busca de ajuda ao Hélio Angotti

Neto Talmeli

Reunião ontem no Hospital Dr. Hélio Angotti criou a Comissão de Empresários da Rede de Proteção Social

Hospital Dr. Hélio Angotti criou a Comissão de Empresários da Rede de Proteção Social. O grupo foi constituído em reunião realizada ontem no hospital. A intenção é que o grupo busque empresas da cidade que possam contribuir com a compra de medicamentos. A comissão é formada por representantes de oito entidades classistas.

Já não é novidade que o Hospital Dr. Hélio Angotti enfrenta dificuldades financeiras há muito tempo. Durante a reunião foi divulgada a planilha financeira do hospital, que revela o custo anual de R$53 milhões, o repasse do Sistema Único de Saúde de R$22 milhões e as doações, em 2014, foram de R$12 milhões, portanto, o déficit anual é de R$4 milhões. Por mês, o custo é de R$4 milhões, sendo R$1,8 milhão de repasse do SUS.

“Nós todos sabemos que o país passa por crise econômica e no SUS sempre houve problemas. Em uma entidade filantrópica cuja maioria dos atendimentos se dá pelo SUS, a situação é deficitária e não está restrita ao Hospital Dr. Hélio Angotti. Mesmo com uma gestão rigorosa, temos dificuldades, pois recebemos pouco, e poder contar com a ajuda dos empresários é muito bom. Sempre faço esse questionament se há necessidade para o SUS que exista o hospital, é importante que as pessoas se envolvam”, explica o presidente do hospital, o médico Délcio Scandiuzzi.

Por sua vez, o diretor do Hospital Dr. Hélio Angotti, José Carlos de Almeida, explica que o hospital montou uma estrutura física, humana e tecnológica para atender à demanda, mas isso não está sendo possível devido a problemas financeiros, chegando a um prejuízo mensal da ordem de R$1 milhão. “Portanto, para cobrir esse déficit, é preciso ter um plano de expansão junto ao governo e que a sociedade ajude um pouco mais, ou será preciso desmobilizar o que fizemos, inclusive com demissões”, afirma.

A comissão é integrada por representantes da Aciu, CDL, Cigra, Fiemg, Sindicato Rural, Certrim, G9 e o Sindicato dos Contabilistas. “Formamos esse grupo que agora tem a missão de sensibilizar outros empresários a fim de melhorar a realidade financeira do hospital. Hoje, a nossa principal dificuldade é na compra de medicamentos, temos gastos de R$1 milhão por mês, e esse mês conseguimos comprar R$200 mil. Por isso esse será o foco principal do grupo”, finaliza.