Foto/Fernanda Borges
Já se arrasta por mais de um mês a polêmica que envolve a questão da "repaginação" da avenida Getúlio Guaritá, que implicaria no corte de árvores
Moradores, comerciantes, trabalhadores e estudantes da região da avenida Getúlio Guaritá, no bairro Abadia, vão se reunir para manifestação, no início da tarde desta quinta-feira, em defesa das árvores existentes na via. A manifestação está marcada para começar às 12 horas.
Um grupo organizado no Facebook, intitulado “Contra a retirada das árvores”, já conta com quase 500 participantes ativos. Por meio da rede social, os participantes organizam o movimento, buscando evitar o corte das árvores, plantadas na avenida há aproximadamente 35 anos.
A universitária Cristielle Moreira, que faz parte da organização do protesto, explica que a causa dos problemas não são as árvores, mas sim a ineficiência do poder público em ações de segurança e preservação do local. “São cuidados que a Prefeitura deve ter regularmente com a região, mas não está tendo. Não é só aquela rua, é a região toda que não é olhada, até mesmo onde não tem árvores”, disse.
Cristielle critica, ainda, a forma autoritária como tem sido conduzida a questão. Isto porque, segundo a estudante, o secretário titular da pasta de Meio Ambiente, Ricardo Lima, teria recusado atendimento ao grupo. Além disso, ela denuncia que a enquete on-line foi proposta de forma tendenciosa. “Eles (Semat) fizeram uma introdução apontando só os problemas. Muitos não condizem com a verdade e as perguntas foram feitas com o intuito de evitar a participação popular, uma vez que eles não explicam o que é repaginação ou revitalização”, esclarece.
Além de manifestação, haverá coleta de assinaturas para nota de repúdio, exibição de vídeo e dinâmicas com as árvores.
Procurada, a assessoria de comunicação da Prefeitura informou que o secretário confirmou presença e estará na manifestação, sem, contudo, se manifestar sobre as críticas tecidas pela estudante, representando o grupo de moradores. Ainda de acordo com a nota oficial, será marcada audiência pública para ainda este mês discutir o assunto.